A Câmara dos Vereadores do Rio e a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiram na quinta-feira (17), os rumos dos processos de impeachment do Prefeito Marcello Crivella e do Governador Wilson Witzel. Deputados estaduais aprovaram o prosseguimento do impeachment de Witzel, enquanto que o processo contra Crivella, na Câmera, foi rejeitado.
As votações puderam ser acompanhadas ao vivo, pela internet, causando reações imediatas nas redes sociais.
Os vereadores rejeitaram o pedido de impeachment de Crivella, por 24 votos a 20. Esse foi o quinto pedido de impeachment votado contra Crivella, e o segundo do mês. O prefeito se manifestou, agradecendo pelo resultado com uma passagem bíblica.
Antes da votação na Alerj começar, foram levantadas hashtags pedindo a prisão de Witzel. Após um pouco mais de três horas, foi aprovado o relatório de prosseguimento do processo de impeachment, por 24 votos a 0. Assim que a decisão foi anunciada, o nome do governador ficou entre os assuntos mais falados do Twitter.
Pelas redes sociais, Wilson Witzel se declarou inocente e afirmou que pretende se defender e provar suas afirmações.
O resultado da resolução será publicado no Diário Oficial nesta sexta-feira (18), e o parecer pode ser votado na quarta-feira (23). O governador continua afastado do cargo por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após denúncias sobre um sistema de desvio de recursos da saúde envolvendo o escritório de advocacia da primeira dama, Helena Witzel.
O jovem Lucas Maia, de 24 anos, enxerga o momento político atual como “caótico e desesperador”, principalmente durante uma pandemia. Além disso, confessa não ter muitas esperanças.
“Me sinto impotente e desconfiado. É errado generalizar, mas só consigo pensar que só tem corrupto e não podemos confiar em ninguém. Chegamos a repetir várias vezes que tal pessoa foi ruim mas pelo menos fez alguma coisa”, concluiu Lucas.
A palavra impeachment foi uma das mais comentadas no Twitter na quinta-feira. Entre elogios e críticas, muitos confessaram não estarem surpresos com a decisão dos vereadores da Alerj. A estudante Vitória de Souza, de 19 anos, também acompanhou a votação e acredita que o parecer sobre Crivella é bem suspeito.
“Você desacredita na ideia de justiça. Tantas acusações graves e ninguém se preocupa em investigar e ir à fundo, e punir se necessário”, afirma a estudante.
No caso de Crivella, o pedido de impeachment foi protocolado com base nas investigações da Operação Hades que apura um suposto esquema de corrupção chamado de ‘QG da propina’ na prefeitura do Rio de Janeiro.
O Cientista Político e Social e professor da UVA, Guilherme Carvalhido, explica as movimentações políticas que justificam os resultados das votações.
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Bárbara Souza – 6° período
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