Para Clarice Otoni, o diagnóstico do autismo do filho Heitor de sete anos, veio a partir de uma alergia alimentar, que está correlacionada ao espectro em algumas linhas de pesquisas. “Meu filho hoje estuda, está no 2° ano do Ensino Fundamental e não possui atraso cognitivo. Ele tem as limitações de comunicação, mas adora brincar e com as terapias a percepção dele em relação ao mundo é bem melhor”. Ela conta ainda que antes de estar inserida nesse contexto do autismo tinha um pensamento fechado em relação à condição. “Minha visão do autista era aquela criança que ficava isolada e se balançava. É um processo para entender”, reflete.

Já Renata Lucas conta que seu filho Luís, de dez anos, sabe que tem autismo, mas não consegue entender porque as pessoas não o chamam para festa de aniversário:
“Meu filho é uma pessoa muito boa, chama todo mundo de amigo e fica muito triste quando o chamam de maluco. Mas o pior é nunca ser chamado para comemorações, ele ama festas e sente a rejeição das pessoas”, diz Renata.

Clarice Otoni, mãe de Heitor, conta que as pessoas não entendem certas atitudes e, sem conhecimento, acabam ofendendo a criança ou a família. “Certa vez eu e Heitor estávamos em uma loja de colchões, quando meu filho começou a pular em cima de um deles. Autistas gostam de pular e se balançar. Foi então que veio uma mulher e disse que ele era desobediente. As pessoas, por desconhecimento, acabam excluindo os autistas e os entendendo como birrentos” explica.
Por todos esses motivos, conhecer o autismo é importante para a sociedade como um todo.
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Tainá Valiati – 7° período
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