A cerimônia de coroação do Rei Charles III vai acontecer no dia 6 de maio na Abadia de Winchester, seguindo a tradição de 900 anos da Monarquia Britânica. Após 70 anos do reinado de Rainha Elizabeth II, Rei Charles III se tornará o monarca mais velho a ser coroado. A celebração contará com a presença de 2 mil convidados, 6 mil pessoas a menos das que foram convidados para a coroação de sua mãe.
Os planejamentos para a coroação começaram com a intenção de fazer uma celebração modesta, a pedido do próprio Charles. Segundo a autora real Angela Levin, sua vontade de economizar está ligada a sua preocupação em fazer valer o dinheiro do contribuinte. Agora a festa conta com três dias de comemoração após as cerimônias principais: A procissão à Abadia, a cerimônia de coroação e o desfile até o palácio de Buckingham.
Como a cerimônia vai acontecer
A cerimônia começará com a procissão; Charles, sua esposa Camila, e outros membros da família real sairão do palácio acompanhados de mais de 5 mil membros das forças armadas britânicas. Além deles, mais de trinta representantes de países membros do Commonwealth, o grupo de cooperação dos exs membros do Reino Unido, se juntarão ao cortejo.
Depois de uma caminhada de 2,1 Km para chegar até à Abadia de Westminster, é dado início a religiosa cerimônia de coroação, que deve ter uma duração de 2 horas. E está prevista para começar às 7:00, horário de Brasília.
Depois, o rei sentará no trono e receberá do Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, o mais alto clérigo da igreja anglicana, a coroa de Santo Eduardo (1661) e segurará o cetro, o orbe e o anel do soberano.
Após a cerimônia, o Rei fará o percurso de volta ao palácio de Buckingham e da sacada, se juntará a outros membros da família real para assistir o sobrevoo das forças armadas. Encerrando a parte mais tradicional da celebração.
Convidados
Quebrando a tradição de só convidar herdeiros aos tronos para as coroações, a lista de mais de 2 mil nomes tem dentre eles o Rei Carl XVI Gustav da Suécia que levará sua filha e herdeira ao trono, Princesa Victória.
Representando a Dinamarca na coroação, Príncipe Frederick e Princesa Mary marcaram presença, assim como a Princesa Kiko, do Japão. Também é esperado que o Príncipe Albert de Mônaco, compareça à cerimônia ao lado de sua esposa Charlene.
Uma nota emitida pelo palácio diz que Príncipe Harry, também foi convidado à coroação e comparecerá sem sua esposa, Meghan Markle. Segundo a revista “People”, ela optou passar o sábado ao lado de seu filho mais velho, o Príncipe Archie, que vai comemorar seus 4 anos no mesmo dia da cerimônia.

Apesar da longa lista de convidados, ela é quatro vezes menor do que quando a sua mãe, a Rainha Elizabeth II foi coroada. Muitas celebridades recusaram o convite para a cerimônia e para o festival, após as denúncias de racismo que Meghan e Harry fizeram em seu documentário para a Netflix, “Harry & Meghan”.
Líderes mundiais que mantém uma boa relação com a monarquia britânica como; Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, Frank-Walter Steinmeier, chefe de estados da Alemanha e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também foram confirmados. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, será representado por sua esposa, Jill Biden.
Lula na cerimônia
O presidente recebeu o convite em Fevereiro, mês em que visitou os Estados Unidos, com o objetivo de retomar uma boa relação com grandes líderes mundiais e atrair novos investimentos para o Brasil. A confirmação da presença do petista na cerimônia só ocorreu depois de uma questão de agenda ser resolvida: Lula já estaria na Europa visitando Portugal e Espanha, entre os dias 22 e 26 de abril e teria um curto período de tempo para voltar ao Brasil e viajar para a Inglaterra.

Durante o compromisso, o presidente planeja se encontrar com o primeiro-ministro da Inglaterra Rishi Sunak. Em Março, pouco depois do convite oficial, o Presidente conversou com o Rei Charles pelo telefone sobre sustentabilidade. Ambos se parabenizaram pelas novas funções. Além disso, Lula viajará com a missão de reestabelecer a imagem do Brasil, após Jair Bolsonaro (PL) adotar um tom eleitoral quando foi a Inglaterra para o velório da Rainha Elizabeth II, em setembro do ano passado.
Foto de Capa: Divulgação/The Royal Family
Reportagem Hunter, com edição de texto de Gabriel Ribeiro
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