Desde a última segunda-feira (31), eleitores que discordam do resultado das eleições presidenciais foram às ruas protestar contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A confusão começou logo após o término da apuração das urnas, ainda no domingo (30), mas se alastrou pelo país no dia seguinte.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro interditaram as principais rodovias do Brasil, como a BR-116, conhecida como Rodovia Presidente Dutra, e a SP-330, a rodovia Anhanguera. As obstruções impediram, e ainda impedem em alguns pontos, a passagem de milhares de motoristas ao redor do país, o que causa prejuízos a diversos setores da economia, como já foi alertado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Em sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o segundo turno das eleições foi encerrado e que os atos são “antidemocráticos, ilícitos e criminosos”. Veja na íntegra a posição do ministro:
Uma das reinvindicações feitas por parte dos militantes pró-Bolsonaro é a intervenção das Forças Armadas na política. O Artigo 142 da Constituição Federal de 1988 afirma que as forças militares “são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República (…)”.
Os atos pedindo pela intervenção militar foram repudiados nas redes sociais, como nas publicações abaixo:
Outro usuário ainda faz críticas ao bolsonarismo, viés político majoritário presente nos incidentes:
Em tom humorístico, outros usuários analisam a gravidade das manifestações:
O empresário Marcelo de Carvalho, sócio da “RedeTV!”, criticou as ações dos jornais “Folha de São Paulo” e “O Globo” na cobertura dos protestos, alegando manipulação pela falta de cobertura extensa das manifestações.
O advogado Augusto de Arruda Botelho mostrou-se esperançoso ao ver algumas manifestações sendo retiradas das vias expressas.
Pontos comuns na argumentação de grupos bolsonaristas também foram questionados, como no caso da publicação abaixo, feita pelo Coletivo Intervozes:
As manifestações ainda continuam (até a última atualização desta reportagem), como no palácio Duque de Caxias, no centro do Rio de Janeiro que, até ontem (6), recebia manifestantes.
Foto de capa: Agência Brasil
Reportagem de Victoria Muzi com edição de texto de Gabriel Folena
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