Às vésperas de um 2° turno histórico, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorrem ao cargo para a presidência do Brasil. É uma disputa feroz e fomentada pela explícita oposição de opiniões entre os candidatos e eleitores, provocando assim uma divisão no país. Existe, entretanto, um meio de medir a temperatura nas ruas e urnas.
Diante da polarização, institutos de pesquisa são capazes de mostrar possibilidades ao povo brasileiro, com amostragens das preferências do povo sobre qual candidato será escolhido. Parte dessas amostragens, a margem de erro, que esteve em evidência no primeiro turno, trata-se de um erro amostral de uma pesquisa, e concede ao eleitor saber o hiato de confiança dos dados.
As pesquisas eleitorais são realizadas com uma pequena amostra da população, já que não há possibilidade de entrevistá-la em sua totalidade. Dentro de uma aleatoriedade da amostra é possível deduzir o resultado esperado, e a margem de erro é a estatística que analisa os possíveis erros amostrais, para mais ou para menos.

No primeiro turno, as pesquisas demonstraram uma divergência entre as previsões e os resultados na eleição para definir o presidente do Brasil. Os institutos de pesquisas foram alvos de críticas por todo território brasileiro, apesar da margem de erro prevista.
O Datafolha havia estabelecido 50% dos votos para Lula, e 36% para Bolsonaro. Já a empresa de Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) mostrou 51% para Lula e 37% para Bolsonaro. Ambas as possibilidades foram previstas na última semana antes do primeiro turno das eleições. Mas, no dia 7 de outubro, as urnas mostraram valores diferentes. Lula esteve com 48%, e Bolsonaro terminou com 43% dos votos válidos.
Luciana Chong, diretora do Datafolha, declarou, durante transmissão no canal Globo News, que a discrepância entre as pesquisas eleitorais e o resultado das urnas no último domingo se passou pelo “voto útil em Bolsonaro na última hora”.
Em conversa com a Agência UVA, Rodrigo Mayer, cientista político da Universidade Estadual de Londrina, concorda com a opinião da diretora do Datafolha:
“Houve uma antecipação do segundo turno na reta final do primeiro turno. É um movimento normal, em que o eleitor, ao ver que seu candidato não tem chances de ir para o segundo turno, opta por um dos principais candidatos. No caso de Bolsonaro, houve uma migração de votos de Ciro e Tebet para ele, como um grande crescimento entre os indecisos”, analisa Mayer.

Confira os resultados das pesquisas para o Segundo Turno:
- Datafolha, 19 de outubro: Lula tem 52% contra 48% de Bolsonaro.
- Genial/Quaest, 19 de outubro: Lula tem 52,8% contra 47,2% de Bolsonaro.
- Ipespe, 18 de outubro: Lula tem 53% contra 47% de Bolsonaro.
- Ipec (ex-Ibope), 17 de outubro: Lula tem 54% contra 46% de Bolsonaro.
- MDA, 17 de outubro: Lula tem 53,5% contra 46,5% de Bolsonaro.
- Atlas Intel, 13 de outubro: Lula tem 52,4% contra 47,6% de Bolsonaro.
Calendário de pesquisas para o Segundo Turno das Eleições:
- 26/10 (quarta-feira): Atlas; Quaest
- 27/10 (quinta-feira): Datafolha
- 29/10 (sábado): Ipec; Datafolha; Atlas; Quaest
Em um segundo turno jamais visto, com um total de 156 milhões de pessoas aptas a votar, segundo o TSE – Tribunal Superior Eleitoral, a escolha do presidente do Brasil em 2022 entrará para a história da nação no dia 30 de outubro.
Foto de Capa: Pexels
Reportagem Jonatha Crispim com edição de texto de Gabriel Folena
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