No último sábado (2), milhares de cidadãos brasileiros foram às ruas, com o intuito de protestar contra o atual governo. A manifestação realizada na capital fluminense foi organizada por partidos de esquerda, com o objetivo de derrotar Jair Bolsonaro nas próximas eleições presidenciais. Além disso, movimentos sociais, sindicatos e, até mesmo torcidas organizadas, marcaram presença pelas ruas do centro da cidade.
Segundo João Paulo Rodrigues, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), é excepcional essa adesão de incontáveis grupos sociais na luta contra o fascismo. ”Esse ato é mais simbólico porque é um dos atos mais amplos que construímos”, afirmou o líder social no palanque montado na Cinelândia.

As manifestações proferidas pelos manifestantes eram incontáveis. Foram efetuadas denúncias para com o comportamento do governo durante o período pandêmico. Ademais, os participantes demonstravam insatisfação com questões econômicas e, principalmente, com modos de agir anti-democráticos do atual representante do país.

Para Sarah Escorel, sanitarista e, atualmente, aposentada, Jair Bolsonaro deve ser responsabilizado pelo número de mortos por Covid-19 no Brasil. Segundo a higienista, o governo realizou uma política genocida.”
”Nós possuímos um Sistema Único de Saúde (SUS), que foi construído ao longo do processo de democratização. Haviam condições necessárias para evitar inúmeras mortes, mas o Ministério da Saúde, infelizmente, detém corruptos que não realizaram compras de vacina.”

A deputada Estadual, Renata Souza (PSOL) também reforçou o papel de ”figura controversa” assumido por Bolsonaro no enfrentamento da pandemia. De acordo com a Deputada, é necessário o povo nas ruas para derrubar o governo, pois não devemos mais aceitar essa atual política e, sobretudo, não devemos aguardar até novas eleições. ”É absurdo que mais de uma centena de pedidos de Impeachment no congresso nacional não sejam levados para frente”, afirmou Renata Souza.
Além de Renata Souza, Tarcísio Motta e Talíria Petrone (ambos representantes do Partido Socialismo e Liberdade), também falaram com exclusividade para Agência UVA. O Vereador, juntamente com a Deputada Federal, afirmam que derrotar o atual governo nas eleições presidenciais de 2022, é o caminho ideal para combater o autoritarismo crescente no Brasil. Segundo Tarcísio Motta, a prepotência do Presidente da República é inadmissível, pois flerta abertamente com o fascismo, desrespeitando a Carta Constitucional e, essencialmente, o povo.
”Bolsonaro é um Presidente tão ‘cheio de si’ que não se importa com questões populacionais. É um governante incapaz de sentir empatia pelo próprio povo”, disse o vereador.
Ao dar continuidade, Tarcísio Motta afirmou que para destituir Jair Bolsonaro do poder, o próximo período eleitoral deverá ser baseado na unidade, ou seja, uma união política e, consequentemente, social. ”O ato de hoje (2), é memorável por essa razão. Estão presentes nas ruas diferentes partidos, inclusive, alguns que não fazem parte dos movimentos de esquerda, mas que se encontram na defesa pela democracia”, disse Tarcísio.
Partindo dessa perspectiva de unidade, Talíria Petrone entende que tal união deve ser intensificada nesse momento. Sendo assim, é um dever pressionar pela abertura de um novo processo de impeachment.” é necessário que essa pressão venha das ruas. Por esse motivo, os atos deverão ser cada vez maiores e intensos. Dessa forma, podemos antecipar a derrota do governo”, afirmou a Deputada Federal.
Julia Billo – 1° período
Com revisão de Aline Meireles – 4° período
Apuração e reportagem incrível!!!! Ameii minhas fotografias nessa matéria.
Excelente conteúdo!
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