Moda

Com o retorno do MET Gala, holofotes voltam a ser acesos nas escadarias do Metropolitan Museum of Art

A última segunda-feira (13) foi marcada pelo retorno do luxuoso evento, em Nova Iorque, que não aconteceu em 2020 devido a pandemia

Na última segunda-feira (13) o MET Gala, tradicional baile acontece anualmente no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque., retornou após dois anos da sua última edição, adiada por conta da pandemia da Covid-19. A famosa escadaria, que também já foi palco de séries marcantes como Gossip Girl (2007), voltou a receber os looks mais aguardados pelos amantes de moda, e especialistas do mundo fashion. 

O tema do grande retorno foi: “Na América: Um Léxico da Moda”. Os figurinos escolhidos pelos convidados precisavam celebrar a identidade da moda norte-americana, além de trazer as mudanças em meio aos movimentos políticos e sociais. Nas redes sociais, admiradores do evento comentavam incessantemente sobre os modelos escolhidos pelos artistas presentes, levantando a hashtag #MetGala e #MetGala2021, que continua dentre os assuntos mais comentados no Twitter.

“Eu realmente acredito que a moda norte-americana está passando por um renascimento. Acho que os jovens designers, em particular, estão na vanguarda das discussões sobre diversidade e inclusão, bem como sustentabilidade e transparência, muito mais do que seus colegas europeus, talvez com exceção dos designers ingleses”, contou Andrew Bolton, curador-chefe do Metropolitan Museum of Art ‘s Costume Institute da cidade de Nova Iorque, em entrevista à Vogue norte-americana.

Anna Wintour, editora-chefe da Vogue norte-americana, é sempre um dos destaques do baile. Para aqueles que não sabem, a personagem Miranda Priestly, do sucesso “O Diabo Veste Prada”, é inspirado na editora-chefe. O livro que deu vida ao filme foi escrito pela sua ex assistente , Lauren Weisberger.

Para Márcia Mesquita, professora do curso de Moda da Universidade Veiga de Almeida, a escolha do tema não foi muito boa, visto que muitas pessoas não acompanham o noticiário de moda e acabaram não entendendo o tema ao ver os looks. A professora também destaca que pela moda estadunidense ser muito casual, no geral, isso gerou confusão na interpretação.

“Primeiro, acho que poderiam ter aproveitado para criar alguma ligação com o que passamos nos últimos tempos. Segundo, o que é exatamente essa tal moda norte-americana? Creio que abriu demais o leque para interpretações e por isso as pessoas não entenderam muito. Nesse caso, nós pensamos muito em casualidade, o minimalismo… mas também tem os estilos mais tradicionais ou as marcas famosas como Calvin Klein, Ralph Lauren, Carolina Herrera e Michael Kors”, explicou a professora sobre o tema.

A professora de moda também deixa claro que o evento sofreu alterações ao longo do tempo, que antes era mais restrito ao mundo da moda, tanto com relação à lista de convidados, quanto à imprensa.

Mesmo nos primeiros anos em que Anna Wintour passou a promover o baile, ele era mais low profile que hoje em dia. Atualmente, as celebridades que são convidadas e as formas como resolvem homenagear os temas das exposições ganharam ares bem espetaculares, quase de fantasia. Por isso, atinge mídias que cobrem pouco moda e um público que em geral não lê sobre moda. Mas, apesar disso, não deixa de ser uma grande vitrine para esse universo“, afirma Márcia Mesquita.

Este ano, devido à pandemia, a lista de convidados foi reduzida e o evento focou bastante em jovens celebridades e influencers, que explodiram nas redes durante o ano de 2020. Porém, isso não anulou a presença de convidados que são bem conhecidos no tapete vermelho. Nomes como Kim Kardashian West, Kendall Jenner e Rihanna, voltaram a marcar presença no evento com looks que chamaram a atenção de quem acompanhava a noite.

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Um dos looks mais comentados nas redes foi o da empresária Kim Kardashian West, que não surpreendeu ao chegar com um modelo coberto da cabeça aos pés assinado pela casa de moda espanhola Balenciaga. Desde o lançamento do último álbum do rapper Kanye West nomeado de “Donda”, os dois tem se dedicado ao estilo e as aparições nas mídias tem gerado bastante polêmica. Porém, a socialite não confirmou se a escolha tenha alguma coisa a ver com o álbum.
O clã Kardashian-Jenner não apareceu completo esse ano nas escadarias do museu, mas a Jenner mais velha foi um dos destaques da noite. Todos os anos, a modelo Kendall Jenner é sempre muito aguardada no tapete vermelho, isso porque os seus looks costumam ser bastante visados pelo público.
Rihanna é sempre uma das estrelas mais aguardadas da noite e esse ano não foi diferente. A cantora e empresária, que não participou da última edição em 2019, estava com um look assinado pela pela casa de moda espanhola Balenciaga, assim como Kim Kardashian West, e chegou acompanhada do seu namorado, o rapper ASAP Rocky.

Os anfitriões escolhidos para a edição seguiram a linha dos artistas que estão em alta entre a Geração Z. Neste ano, Timothée Chalamet, Billie Eilish, Naomi Osaka e Amanda Gorman foram os selecionados para apresentar o evento. O papel do anfitrião reúne algumas tarefas de destaque como ajudar na lista de convidados e fazer um discurso durante a festa. Além de capricharem ainda mais na escolha de seus figurinos.

Com o foco na Geração Z, os anfitriões da edição de 2021 foram as estrelas Billie Eilish, Amanda Gorman, Timothée Chalamet, e Naomi Osaka, na ordem.

Quem também marcou presença no evento foi a cantora e empresária, Anitta. Após ter feito história sendo a primeira cantora brasileira a se apresentar no MTV Video Music Awards (VMA), a artista estreou em um dos tapetes vermelhos mais famosos do mundo da moda. Apesar de não ser a primeira brasileira a ser convidada para o MET Gala, a sua aparição no baile foi um grande sucesso.

Após ser a primeira a primeira cantora brasileira a cantar no VMA e marcar presença em desfiles da New York Fashion Week, Anitta brilhou ao caminhar pelo tapete vermelho do MET Gala. Ela foi acompanhada do empresário Alexandre Birman, CEO do Grupo Arezzo, e o seu look foi escolhido por ninguém menos que Anna Wintour.

A volta do MET Gala foi bastante aguardada, marcada por muita atitude e representatividade. Mas também, pela ausência e grandes celebridades que costumam participar da noite. A cantora Beyoncé não compareceu na edição de retorno do evento, assim como Selena Gomez e Lady Gaga.

Márcia Mesquita, que além de professora também atua como designer de moda, ressaltou a importância do acontecimento do baile, que levanta fundos para o instituto de moda do MET, que tem um acervo importante para a área. Ele também atrai a atenção para a exibição anual que fazem no museu, por isso cada ano tem um novo tema, que é exatamente o tema da exposição. Além disso, a professora garante a relevância do evento para o mundo da moda.

“Assim como todos os eventos com tapetes vermelhos, é um termômetro que reforça as modas que estão no topo no momento e apontam confirmações de tendências. Mesmo a questão do museu às vezes sumir no burburinho dos looks mirabolantes, não deixa de ser uma reverência a criadores importantes e à história e cultura da moda”, finalizou Márcia.

Confira abaixo alguns dos looks que se destacaram na grande noite de retorno do MET Gala 2021.

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Eduarda Marques de Menezes – 4° período

Com revisão de Bárbara Souza – 8° período

1 comentário em “Com o retorno do MET Gala, holofotes voltam a ser acesos nas escadarias do Metropolitan Museum of Art

  1. Eu adorei a matéria! Várias informações e críticas boas.

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