Secom 2021: segundo dia tem Luiza Trajano e o case de sucesso da Magalu

A generosidade e o olhar sagaz e criativo na gestão de negócios e na comunicação foram alguns dos elementos que transformaram a Magalu em um case de sucesso. Com isso, a Semana da Comunicação (Secom) da Universidade Veiga de Almeida (UVA) convidou nessa última terça-feira (26) a Presidente do Conselho Magazine Luiza e Presidente do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Helena Trajano, que repercutiu o êxito da Magalu no mercado e falou sobre os novos desafios do empreendedorismo no país.

O início da Live contou com um vídeo idealizado pelos alunos que participaram da organização da Secom em homenagem à convidada Luiza Helena Trajano, que também foi eleita de forma unânime a madrinha do evento. Confira.

Logo após, os mestres de cerimônia e alunos de Publicidade, Thiago Varella e Breno Dias, prosseguiram com as apresentações que foram: a Reitora Beatriz Balena que, diretamente de Brasília, preparou um vídeo para a convidada, e das alunas de jornalismo, Isabella Caneschi e Esther Azevedo, que leram o poema “DE UMA JANELA NA GÁVEA” escrito pelo ex-Colunista de O Globo, poeta e assessor de imprensa Christovam Chevalier, e cedido exclusivamente para homenagear a palestrante.

Na sequência, o professor André Ladeira, Diretor Acadêmico do campus Tijuca, fez um discurso de boas vindas à convidada de honra.

“Luiza, se sinta acolhida em nossa casa nesse evento e saiba da importância que você está trazendo para todos os nossos alunos, professores e corpo técnico. Muito obrigado antes de tudo.” disse o Diretor.

Ele também destacou que o protagonismo de Luiza Trajano não se dá só no campo empresarial, e trouxe como exemplo o episódio em que ela construiu uma frente de ação de combate à violência contra a mulher após uma gerente da rede Magalu ter sido vítima de feminicídio.

“E como o exemplo que eu dei dos professores que preparam alunos e esses alunos vão transformando outros mundos, e a gente nem dá conta dessa extensão. Imagine o tamanho da sua conta quando você salvou dezenas, centenas, talvez milhares de mulheres da violência, através de uma ação com a arma mais poderosa que é o verbo, a palavra. Além da liderança no contexto pandêmico e na manutenção dos empregos que, no modelo capitalista que vivemos, a única forma de sobrevivência nessa selva é ter essa empregabilidade garantida.” concluiu André.

Por conseguinte, a palestra iniciou com as alunas Mariana Oliveira, do curso de Marketing, e Thayane Melo, de Jornalismo, como mediadoras.

E antes das perguntas, Luiza Helena Trajano fez seu agradecimento.

“Parabéns a todos vocês que fazem essa faculdade, toda vez que falarem dessa faculdade eu vou divulgar e falar o quanto eu fiquei encantada. Parabéns pela Semana, é uma honra ser madrinha de uma Semana tão importante.” enfatiza Luiza.

Ao relembrar sobre ter nascido em uma família de mulheres empreendedoras antes mesmo do termo “empreender” ter se popularizado, Luiza Trajano conta que um dos seus diferenciais foi ter desenvolvido um pouco mais o papel de gestora.

“Muitas vezes o empreendedor, e eu tenho muito disso também, quer tanto ver solução, busca alternativa mas sem estruturar sua empresa. Minha forma de estruturar a Magalu é bem diferente. Eu sou muito de ir para ponta, de ver, de sentir e voltar e fazer a estrutura. Então, eu sempre sei o que eu quero, aonde eu quero chegar. Mas, o “como”, eu vou deixando todo mundo fazer parte do “como”, pois dessa forma se erra menos. Você deixa as pessoas serem mais protagonistas, fazem elas se apaixonarem por aquilo que estão fazendo”, explicou.

Outro ponto citado pela palestrante foi a sua busca por quebrar crenças limitantes. Ela exemplifica: “aquela crença que fala que não vai dar certo ou que mulher na direção é ruim. Eu sou até ruim dirigindo carro, mas eu sou muito boa pilotando lancha”, brinca.

Durante a Live, alunos e professores interagiam no chat e as mediadoras as selecionavam e traziam alguns comentários para a palestrante. Um desses comentários foi o de Aimée Borba, que falou sobre o programa de Trainee da Magalu só para pessoas negras. Luiza Trajano contou sobre todo o processo de seleção e também ressaltou a importância da diversidade nos mais variados setores dentro da empresa. Segundo ela, não havia nenhum Diretor Executivo ou Diretora Executiva negra e a partir daí foi percebida a necessidade de contratar novos Trainees, só que dessa vez abrindo vaga apenas para pessoas negras. Por conta disso, a Magalu acabou sofrendo alguns ataques racistas nas redes sociais.

“A gente foi apedrejado no Twitter. Mas eu já sei que quebrar paradigma tem um preço alto, só que nós não vamos desistir, a gente estudou muito isso, e nós estamos querendo mudar nossa empresa, quem não quiser que não mude na sua”, relata Luiza.

Nas considerações finais, Luiza Trajano totalizou o evento com uma frase para todos que estavam presentes: “Comece fazendo o necessário, depois o possível, e de repente vocês estão fazendo o impossível”.

Para assistir a Live completa, acesse o link abaixo.

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Lucas Pires – 7º período