A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou na última terça-feira (3) que a cidade entrou na Fase Conservadora no plano de flexibilização das medidas contra o coronavírus. O comunicado foi realizado durante coletiva do prefeito Marcelo Crivella. De acordo com ele, o Comitê Científico decidiu por unanimidade o início do período conservador, já que curvas de contágio na cidade estão controladas.
“É remota, nas condições atuais, chance de uma segunda onda na cidade do Rio de Janeiro”, diz Crivella.
Dessa forma, novos serviços e atividades econômicas podem ser retomadas. A permanência na areia das praias está liberada, além da possibilidade de aluguel de cadeiras e guarda-sóis e a montagem de barracas. Os ambulantes também podem retornar com a venda de bebida alcoólica. Esportes, nas praias e ruas, como triatlo também foram liberados.

Escolas e creches privadas já estão autorizadas a atender alunos de todas as séries. Já na rede pública municipal de ensino, as escolas podem abrir voluntariamente, mas apenas se a comunidade escolar estiver de acordo. As pistas de danças podem reabrir, assim como o sistema self-service em bares e restaurantes. E ainda, o comércio agora tem horário livre de funcionamento.
Com a divulgação da última etapa de retomada do comércio e dos serviços, novas medidas e regras foram informadas. A partir de agora, a distância mínima entre mesas é de 1,5 metro em restaurantes e lojas de conveniência e a capacidade de lojas comerciais e academias de ginástica aumentam para uma pessoa a cada 3 m². Visitas hospitalares estão permitidas, e em salões de beleza o cliente já pode ser atendido por mais de um profissional ao mesmo tempo.
O anúncio da fase conservadora gerou uma onda de comentários nas redes sociais, desde os que criticam até os que ironizam a retomada dos serviços.
A enfermeira Lidiane Barros crê que iniciar a fase conservadora neste momento é uma medida precipitada, já que a propagação da doença permanece acontecendo. A profissional da área de saúde também acredita que a segunda onda na Europa serve de alerta para muitas regiões, inclusive o Rio, já que a ocupação dos leitos de contaminados por coronavírus no município está em 80% e é considerado um nível crítico. Além disso, ela afirma que caso a retomada dos serviços continue acontecendo, o caminho será rumo ao colapso.
“Entendo que a economia precisa girar, mas não temos estrutura. O sistema é precário, estamos numa crescente em relação à doença, e sinceramente vejo uma sobrecarga no sistema de saúde”, diz Lidiane.
Enquanto a nova fase de flexibilização do isolamento foi anunciada, o Estado do Rio registrou 20.651 mortes e 313.089 casos confirmados de coronavírus em balanço feito na última terça pelo consórcio de imprensa.
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João Henrique Reis – 4° período
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