Neste momento de combate ao novo Coronavírus, atitudes solidárias e criativas se tornam ainda mais essenciais, principalmente porque existem muitas pessoas em dificuldades financeiras ou em estado de vulnerabilidade social. Do início dos anos 2000 até 2014, o Brasil reduziu drasticamente sua taxa de pobreza. Porém, por conta da crise econômica que rondou o país, o crescimento estagnou e o índice de vulnerabilidade social voltou a crescer.
Os números da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que 23,3 milhões de pessoas entraram para a estatística no período entre 2014 e 2017. O estudo ainda indica que, com o lento crescimento econômico atual, o Brasil só deverá voltar a atingir seu melhor índice em 2030. A pandemia veio tornar ainda mais dramática uma situação que já não era boa.
Diante desse cenário de crise econômica, é fundamental oferecer ajuda ao próximo. Doação de objetos de higiene pessoal, remédios, abastecimento de comida, atendimentos gratuitos a serviços indispensáveis nesse momento, como terapia, aulas de yoga, oficinas de culinária, são alguns exemplos de ajuda. Vale ressaltar que, junto à pandemia, muitas pessoas perderam seus empregos ou tiveram uma redução considerável no contrato de trabalho.
É o caso de Fellipe Silveira, de 32 anos. Ele é músico, trabalha em eventos e é um exemplo de pessoa que foi afetada pela crise. Para superá-la, ele se propôs a lecionar aulas de violão online, pelo preço que o aluno achar justo pagar. Dessa forma, continua movimentando sua renda, sendo justo com as outras pessoas que provavelmente também estão passando por uma crise financeira. “É um momento complicado para todos. Eu tive uma queda significativa na minha renda, então resolvi dar aulas de violão pelo Whatsapp, e graças a Deus tenho tido uma boa procura”, relata.

Este problema financeiro não é vivenciado apenas por Fellipe. Tem afetado diversos nichos empresarias. As casas de festas, por exemplo, estão sofrendo fortes consequências negativas com essa pandemia. Rosalinda da Costa, 44 anos, gerente de uma casa de festas na Tijuca, Rio de Janeiro, se propôs, junto com parte de sua equipe, a colocar em prática um projeto chamado “Monte sua festa em casa”, que conta com uma caixa recheada de doces, bolo, decoração de acordo com o gosto do cliente. “Pensamos nisso para levar um pouco da alegria aos nossos clientes e para que eles não deixem de comemorar um momento importante da vida”, afirma ela.

Deixando um pouco de lado a questão financeira que a pandemia trouxe, vale ressaltar que existem outras colaborações possíveis. Algumas pessoas têm deixado recados no elevador de seus prédios oferecendo ajuda a idosos e outras pessoas impossibilitadas de ir a supermercados, farmácias; É o caso de Pedro Andrade Neves, de 25 anos, que se propôs a ajudar seus vizinhos, deixou um bilhete no elevador com o número de telefone e apartamento dele.

Pedro comenta que duas pessoas já solicitaram a ajuda dele, que ficou muito feliz e orgulhoso por poder ajudar. “É fato que essa pandemia trouxe muitas consequências negativas para todo mundo, mas ela também uniu mais as pessoas, proporcionou mais momentos junto à família e ainda trouxe uma possibilidade de reflexão aos seres humanos sobre suas próprias atitudes”, avalia Pedro.
*Matéria produzida pela aluna Larissa Ribeiro Soares para a disciplina Teoria e Técnica da Notícia, ministrada pela professora Maristela Fittipaldi.
Parabéns, Larissa! Bjs!