A pandemia do novo Coronavírus fez com que as aulas presenciais em escolas e universidades fossem paralisadas devido ao enorme risco de contágio. Para não haver prejuízo ao ano letivo dos alunos, as instituições, juntamente com seus professores, precisaram enfrentar uma nova realidade no ensino para conseguir realizar seu trabalho da melhor forma possível e evitar perda de conteúdos.
Com o fechamento das escolas e universidades por tempo indeterminado, os educadores precisaram se reinventar para conseguir continuar a lecionar para seus alunos, mesmo que à distância, pois, para muitos deles, é o ano de prestar provas para os vestibulares e o ENEM. Com isso, o ambiente virtual se tornou a principal ferramenta para a transmissão de conteúdos pelos professores para os alunos, viabilizando o estudo, seja para quem está para prestar um vestibular ou para continuidade de seu ciclo escolar.
Durante esse período de adaptações, e no meio de novos métodos de ensino à distância, a professora de Química Anna Mayworm, 20 anos, natural do Rio de Janeiro, moradora da Tijuca, enfrenta os desafios dessa nova rotina de ensino. “Com a pandemia comecei a ter que preparar slides e a dar aulas online”, relata a professora Anna, que ministra aula em um pré-vestibular social, que atende a alunos de baixa renda, no colégio e curso Qi.
Ela ainda revela que encontra dificuldades para poder dar suas aulas online. “Existe um número menor de alunos interessados e que se dedicam. Além disso, é mais difícil passar esse conhecimento por vídeo, sem a ajuda de um quadro e de um ambiente propício”, destaca a professora. Mesmo nessa situação, ela não desiste e motiva seus alunos. “Eu e os outros professores tentamos o tempo todo colocar também textos de incentivo, para nos aproximarmos dos alunos, para que se sintam acolhidos e importantes”, afirma ela.

adaptar-se à nova realidade do ensino a distância. (Foto: Arquivo Pessoal)
Com o professor de Matemática e Física, Eduardo Amaral, 58 anos, também natural do Rio de Janeiro e morador da Tijuca, foi diferente a reação ao novo método de ensino. Ele sempre se manteve atento à evolução dos meios de ensino, como o ambiente virtual por meio das lives, assim não tendo dificuldades para se adaptar. “Pelo tempo de atuação que tenho no mercado e como também sempre trabalhei no modo “personalizado”, pude manter uma base de atendimento aos alunos. O que mudou foi a forma de dar aulas, de presencial para virtual”, garante Eduardo, que durante 35 anos ministrou aulas em escolas militares e particulares do Rio de Janeiro, mas hoje já está aposentado, apenas lecionando em cursos preparatórios e aulas particulares.

se reinventar para passar o conteúdo de aula,
mesmo à distância. (Foto: Arquivo Pessoal)
Mesmo com esse diferencial em meio à pandemia, o professor Eduardo teve perda de alunos em relação aos que tinham aulas presenciais e que não conseguiram repassar para o meio virtual, logo um prejuízo financeiro para ele. “Tive uma perda de receita de pelo menos 70%. Isso porque cursos e colégios estão fechados. Inclusive, um supletivo em que eu dava aula faliu definitivamente”, lamenta o professor.
Sem uma data definida para a volta as aulas presenciais, escolas e universidades vão se acostumando à nova rotina e tentando transmitir conteúdo da melhor forma possível “virtualmente” a todos os seus alunos. O superintendente de Educação, Inovação e Projeto da Vigilância Sanitária do Rio, Flávio Graça, diz que se o contágio diminuir nas próximas semanas, a tendência é que as aulas voltem gradualmente na primeira quinzena de agosto ou setembro.
*Matéria produzida pelo aluno Gabriel de Souza de Paula Machado para a disciplina Teoria e Técnica da Notícia, ministrada pela professora Maristela Fittipaldi.
Parabéns, Gabriel!!!!