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Recolhimento de 40 trens da SuperVia afeta passageiros

Usuários contam como foram os primeiros dias com as mudanças nas composições

SuperVia divulgou no último domingo (17) uma redução significativa na quantidade de trens em circulação. Os primeiros efeitos foram sentidos na manhã da última segunda-feira (18) por passageiros que usam o transporte. A empresa teve que retirar 40 composições por problemas em série detectados nas caixas de tração, ainda em fase de garantia de fábrica.

O recall foi realizado pela fabricante dos trens, a concessionária chinesa, CRRC. As composições que foram levadas para a averiguação chegaram ao Brasil entre 2014 e 2016.

Em nota, a SuperVia explicou como foi o processo para detectar os problemas, até o recolhimento dos trens.

“Em setembro de 2016, foram detectados problemas de projetos, em especial na caixa de tração (engrenagem que transmite energia do motor para eixo e rodas) e os responsáveis comunicados. Com isso, a chinesa CRRC iniciou o processo de análise técnica, identificando a necessidade de substituição do tipo de peça. Desde novembro de 2018, então, um recall foi feito pela fabricante até que em junho de 2019, em vistorias, novas falhas foram identificadas e a CRRC, então, suspendeu o retrabalho malsucedido até que encontre uma nova medida para solução”.

Composição que foi retirada de circulação. (Foto: Reprodução/Twitter Super Via)

Mudanças

De acordo com a SuperVia, algumas mudanças foram feitas para que a empresa possa se adequar à necessidade dos passageiros:

  • Santa Cruz, Japeri e Deodoro – Intervalos irregulares.
  • Belford Roxo – Intervalo médio de 15 minutos.
  • Saracuruna: Trecho Gramacho-Central – Intervalo médio de 10 minutos.
  • Trecho Gramacho-Saracuruna – Intervalos irregulares.
  • Composições do ramal Deorodo foram reduzidas pela metade. De 8 vagões, passaram a ser 4 vagões.

Caio Almeida, estudante de jornalismo, sentiu na pele a redução dos trens da SuperVia. Para ele, o primeiro dia de alterações não representou grandes mudanças na rotina, porém, no segundo dia (19) a estação estava muito mais aglomerada. “Ontem eu não cheguei a ser muito afetado, mas hoje, sim. O trem estava bem mais cheio e atrasado. Costumo pegá-lo às 7h em Queimados, mas hoje ele só chegou às 7h30, e super lotado”, explicou Caio.

O estudante de engenharia, Thiago Ramalho, conta que teve que sair uma hora mais cedo que o normal, para não chegar atrasado na faculdade, e ficou preocupado com a situação dos trens. “Estava muito cheio, um pouco acima do normal. Foi uma viagem muito difícil, mas foram poucas paradas e o tempo normal da viagem em si não foi excedido. Acredito que o meu caso foi sorte, pois assim que cheguei o trem chegou a estação”, explica o estudante.

Já o desenvolvedor de TI, Matheus Bittencourt, teve uma experiência mais agradável neste primeiro dia de mudanças. “O trem que eu peguei estava mais tranquilo, consegui até ir sentado. Parece que os três que partem de Nova Iguaçu continuaram com o horário normal, mas já os que vinham de Japeri estavam demorando mais do que o tempo de costume. Percebi também que as estações seguintes estavam vazias. Parece que as pessoas procuraram outros meios para se locomover, imaginando que seria pior ir de trem”, explicou Matheus.

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