Movimentos partidários e estudantis convocaram os cidadãos para um ato na Candelária, às 18h da última terça-feira (05), com o objetivo de protestar e pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Apesar de a movimentação não ter sido intensa e de, até aquele momento, haver previsão de chuva, muitos manifestantes não deixaram de comparecer com cartazes e gritos de ordem, e lá permaneceram até por volta das 21h. O ato seguiu pacífico durante todo o período.

(Foto: Victor Leal/Agência UVA)
Entre as pautas abordadas, havia protestos contra privatizações, contra o presidente e contra a “volta da ditadura”, motivados pela fala recente do filho de Jair, Eduardo Bolsonaro (PSL), sobre a possível instauração de um novo AI-5. A professora de História, Denise Ramos, afirma que saudações à ditadura deveriam ser condenadas pelas autoridades, e até mesmo classificadas como “crime à humanidade”.

“É revoltante você ver um deputado, representante do povo, fazendo ameaças sobre um fato tão violento que foi a ditadura e a implantação do AI-5. Se esse país fosse mais consciente sobre o seu passado, esse tipo de declaração motivaria uma revolta, mas o que vemos aqui são muitos saudosos dessa época, muitos fãs”, afirmou Denise. Pouco depois do ocorrido, Eduardo Bolsonaro se desculpou sobre a declaração. Na mesma terça-feira, horas antes do ato, deputados do Psol protocolaram um pedido de cassação do mandato do deputado.
Tal protesto foi motivado também pela suposta citação ao nome de Bolsonaro nas investigações que envolvem o caso dos assassinatos de Marielle e Anderson, noticiada pelo Jornal Nacional, na Rede Globo, na última semana. Pouco depois, a própria promotoria responsável pelo caso alegou que o porteiro (quem citou o nome do presidente na denúncia) teria mentido no depoimento. O caso ainda segue em investigação pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio.
Victor Leal – 7º período
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