Após cerca de quatro anos de paralisação, as obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, que vai até a Gávea, devem ser retomadas. Nesta quinta-feira (12), o governador Wilson Witzel (PSC), afirmou que pretende usar os recursos provenientes da Operação Lava-Jato para concluir a estação. Os valores apreendidos podem chegar a R$ 1 bilhão.
O discurso de Witzel mudou na última semana, visto que no último dia 5 o governador havia afirmado que tinha a intenção de aterrar a estação, por causa do alto custo para término das obras, e que não havia planos para sua conclusão. O custo para o aterramento poderia chegar a até R$ 40 milhões, em contraste com o montante necessário para finalizar as obras, especulado em R$ 1 bilhão.

(Foto: reprodução/Beto Barata – Agência Brasil)
A estação Gávea, parte da Linha 4, começou a ser construída ainda em 2013 e era parte do projeto de expansão do Metrô para os Jogos Olímpicos de 2016, mas foi a única que teve suas obras paralisadas e não ficaram prontas dentro do prazo. A unidade seria construída com seus acessos próximos da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e do Planetário da Gávea, com trilhos que fariam a ligação para São Conrado e Leblon.
A estudante de Comunicação Social da PUC, Maria Cardoso, falou sobre as possíveis mudanças que a conclusão da estação do metrô poderiam causar à sua rotina: “Podia ser mais uma opção pra fugir do trânsito. Pegar a integração hoje não é ruim, mas se tivesse a opção do metrô acho que seria um desafogo. Em certos horários, com certeza é mais rápido”, comenta a aluna.
Vale lembrar que, atualmente, o buraco escavado para a estação está inundado desde 2018, por motivos de segurança. Em 2016, o Tribunal de Contas do Rio (TCE) apontou que as obras da Linha 4 como um todo haviam tido um superfaturamento de mais de R$ 2,3 bilhões, e apenas a estação Gávea, completamente paralisada, já custou cerca de R$ 924 milhões.
Victor Leal – 7º período
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