O 2º Fórum de Comunicação, Cultura e Inovação da Universidade Veiga de Almeida aconteceu no Centro Cultural da Justiça Federal. Durante o dia 21 de agosto, segundo dia de evento, a parceria entre a instituição e o local histórico buscou discutir a Comunicação em suas vertentes sociais e políticas, e ainda apresentou os desafios e possibilidades da área atualmente.
A manhã iniciou com uma temática contemporânea. Às 9h, a mesa sobre comunicação, tecnologia e inteligência artificial contou com a presença do Dr. Ricardo Medeiros Pimenta, Pesquisador Associado do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); de João Vitor Rodrigues, Doutorando em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC); do Dr. Renato Nunes Bittencourt, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); além da jornalista da Coluna Ancelmo Gois, do Jornal O Globo, Ana Cláudia Guimarães.
Este debate foi mediado pela Dra. Adriane Figueirola Buarque de Holanda, professora do curso de Comunicação Social da Universidade Veiga de Almeida (UVA). Os palestrantes falaram sobre a evolução das novas tecnologias e sobre o futuro da comunicação, além de abordar assuntos ligados ao relacionamento de comunicadores com o público e qual o papel do comunicador hoje em dia.
A segunda mesa da manhã teve como tema o Audiovisual e Inovação. Iniciada às 11 h, a palestra foi mediada pela doutora em Letras Diana Damasceno, que recebeu a profissional da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (BRAVI) e do Instituto de Audiovisuais Brasileiros (ICAB), Geovana Cypreste. Também estava presente a Doutora em Comunicação, Ariane Diniz.

As duas comunicadoras discutiram a evolução dos produtos audiovisuais e como eles impactam as novas gerações. Ariane apontou para a nova tendência mercadológica que consiste em transformar as produções em materiais transnacionais: “Os produtores têm a estratégia de fazer a universalização narrativa dos produtos audiovisuais, tentando conseguir a aceitação do público em várias partes do mundo”, afirma Ariane. Ela ainda frisou a questão de desenhos animados com grandes visualização que estão em plataformas como o YouTube e a Netflix e que têm ajudado crianças em questões do dia a dia como comer melhor e fazer a digestão, e como esses desenhos mais educativos conseguem facilitar a rotina dos pais.
Já a palestrante Geovana, falou mais sobre o engajamento e a mudança que as plataformas sofreram com o passar dos anos até os dias de hoje, em que existem mais pessoas conectadas e que buscam não só por entretenimento, mas também por informação. A inovação no audiovisual foi fundamental para que ele evoluísse de uma forma que chegasse a ser tão popular quanto a televisão. Geovana também ressaltou a multidisciplinaridade entre o Jornalismo e a Publicidade e destacou o fortalecimento desses setores: “O audiovisual gera renda e emprego, devemos conhecer o mercado em que desejamos nos inserir”, conclui.
O público que prestigiou esta mesa pôde constatar a grandiosidade de alguns produtos audiovisuais do Brasil, em relação abrangência mundial que consolidaram, como o caso do desenho animado Galinha Pintadinha, o que surpreendeu algumas pessoas. “Eu não fazia ideia. Precisamos dar mais valor a essas produções”, diz a aluna do 1º período de Jornalismo, Júlia Santana.
A jovem estudante não é a única que passou a ter outra perspectiva a respeito do mercado nacional. O aluno José Paulo Gonçalves cursa o 2º período de Jornalismo e comenta a importância de conhecer acerca da pertinência das narrativas brasileiras.
“Me interessei mais pela área. É importante saber como isso funciona no nosso país. As pessoas acompanham mais a indústria audiovisual dos Estados Unidos e de outros países. Então, foi bom saber dos dados brasileiros”, comenta o aluno.
Os alunos não constituíram apenas a plateia. Alguns também foram organizadores das palestras, com é o caso da Thamiris Vieira, formada em Jornalismo e cursando Publicidade, que ressalta a importância do evento.
“Tecnologia e inovação são temas mais que atuais. Além disso, este evento dá a oportunidade aos alunos de conhecer o Centro Cultural da Justiça Federal. É uma experiência gratificante”, conta a estudante que compõe a equipe do Laboratório de Eventos da UVA.

A mesa da tarde, mediada pela professora Vânia Fortuna, contou com a participação do jornalista Ronaldo Lapa, e do reitor da Universidade Veiga de Almeida, Carlos Eduardo Nunes-Ferreira, que falaram sobre a comunicação integrada à cidade. A professora Vânia chamou atenção para a importância do evento e elogiou a escolha do local: “Esse evento é feito para os alunos, para eles saírem da sala e pensarem criticamente sobre os mais diversos temas. Tivemos dúvida sobre o local, se seria na própria Universidade, ou não, e acabamos escolhendo o CCJF, local que é histórico”, ressalta Vânia.
Já Carlos Eduardo, diz que é importante a integração entre as disciplinas: “Existe essa relação entre a comunicação e o urbanismo, porque a comunicação é uma extensão do espaço público e esse evento multidisciplinar ajuda a combater essa fragmentação. A faculdade é o lugar para isso”, comenta. Presente também na mesa, o jornalista e secretário da Articulação Política e Acompanhamento dos Municípios, Ronaldo Lapa, destaca que é fundamental o debate acerca da construção imagética da cidade a partir da comunicação. “Vimos que essa percepção, que depende imensamente da relação da comunicação com os fatos da cidade, é uma montanha russa, variando da euforia da alegria ao caos da desgraça”, comenta.
Júlia Reis, Anna Clara Magalhães, Daniel Fernandes, Leandro Victor e Matheus Marques.
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