A quantidade de inocentes mortos pela Polícia Militar (PM) aumentou. Na última segunda feira (12), Dyogo Costa Xavier de Brito, de 16 anos, foi morto com um tiro de fuzil nas costas, após uma operação policial nas comunidades de Niterói pela manhã, sendo Grota uma delas, onde o adolescente morava.
Dyogo era jogador de futebol do time sub-17 do América e estava a caminho do treino quando levou o tiro. Os policias afirmaram que ele era traficante, mas, segundo o avô Cristóvão Brito, ele carregava na mochila sua chuteira, sandália e dinheiro, pertences que sumiram.

O adolescente foi socorrido pelo próprio avô e faleceu a caminho do hospital. Na comunidade, ele era conhecido como menino Coutinho e por seguir seu sonho de ser jogador, tendo como inspiração Cristiano Ronaldo. Onde vivia foram feitos protestos contra sua morte e o morador de Niterói, André Luiz Cruz, considera ter sido despreparo total das autoridades.
“Um absurdo os jovens sendo mortos sem nenhuma relevância para os policiais. Ninguém devia perder o direito de viver à toa”, desabafa.
Assim como André, a moradora Renata Duarte acredita que a polícia deveria planejar melhor os procedimentos das operações, pois acha que são instrumentos essenciais para o combate à violência.
“Inocentes ficam entre o enfrentamento de policiais e bandidos. Desse modo, essas pessoas ficam desprotegidas e o objetivo da operação se desfaz.”, declara.
Dyogo deixou, além do avô; duas irmãs mais novas por parte de pai; a mãe Josyane Costa, de 32 anos; o irmão Ryan de 12 anos; tios; amigos e o sonho de ser um jogador de futebol famoso.
Anna Clara Magalhães – 6° período
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