Outras sete pessoas foram citadas no inquérito por mortes na tragédia do início do ano
A Polícia Civil indiciou o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e outras sete pessoas pelo crime de homicídio doloso no caso do incêndio no Centro de Treinamento do clube, que deixou dez jovens atletas mortos em fevereiro deste ano.
O inquérito proferido pelo delegado Márcio Petra, da 42ª DP (Recreio), nesta terça-feira (6) pede também o indiciamento de engenheiros do Flamengo e da empresa NHJ, que era responsável pelos contêineres do alojamento.

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A advogada Ana Clara Almeida aponta o motivo do crime, neste caso, estar sendo tratado como homicídio culposo, que normalmente é quando há intenção de matar: “Creio que o delegado responsável pelo inquérito junto com a Polícia Civil tenham chegado a esse resultado pois, quando o agente do crime assume o risco de cometê-lo, também é considerado como dolo, ou dolo eventual.”
“Mas então, por que não é considerado negligência? Acho que o que pesou foi o fato do clube ter sido alertado inúmeras vezes sobre as condições dos alojamentos e nenhuma medida ter sido tomada. Sabendo dos riscos, talvez o crime se aproxime mais do dolo eventual do que da negligência pura e simples.”, completou Ana Clara.
Indiciados
- Danilo da Silva Duarte, engenheiro da NHJ;
- Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração;
- Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo;
- Fábio Hilário da Silva, engenheiro da NHJ;
- Luis Felipe Pondé, engenheiro do Flamengo;
- Marcelo Sá, engenheiro do Flamengo;
- Marcus Vinícius Medeiros, monitor do Flamengo;
- Weslley Gimenes, engenheiro da NHJ.
Victor Leal – 7º período

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