Comunicado veio logo após a reunião em que foi votada e aprovada a terceira “virada de mesa” seguida no carnaval carioca
O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) anunciou que irá se afastar do cargo. Jorge Castanheira fez o comunicado na saída da reunião que na última segunda-feira (3), resultou na votação que aprovou a permanência elite do carnaval carioca da Imperatriz Leopoldinense, escola que havia sido rebaixada no carnaval de 2019.
Castanheira afirmou que não concorda de forma alguma com a manutenção da escola, já que foi acordado com o Ministério Público do Rio de Janeiro o chamado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que prevê uma multa de R$750 mil reais em caso de uma nova “virada de mesa”.

A manutenção da escola foi aprovada por 8 votos a 5, e as escolas que votaram contra ameaçam não desfilar no próximo carnaval, caso a decisão não seja revertida, o que já está sendo analisado pelo Ministério Público.
Em nota oficial, a Beija-Flor de Nilópolis comunicou o cancelamento da festa de lançamento do novo enredo, que estava marcada para o próximo dia 9 de junho. “A Beija-Flor repudia a decisão das demais escolas que votaram desta forma, e não compartilhará de tal prática”. Na mesma nota, a agremiação afirma ainda que “analisará as atitudes que de definirão o futuro da LIESA”.
A decisão gerou revolta também entre os componentes das escolas, o estudante Jorge Cerqueira, que desfila pela Portela fala sobre o caso. “Isso é um absoluto desrespeito com todas as escolas, principalmente com o Império Serrano, que também foi rebaixado mas não entrou nem na votação pra ficar no grupo especial”.
Já o carnavalesco Alex Oliveira diz achar que “quatorze sempre foi o número ideal de escolas na elite do carnaval”. Outras escolas que votaram contra, Vila-Isabel e Viradouro, também divulgaram notas em que repudiam a decisão das demais escolas. Mangueira e Portela ainda não se pronunciaram.
Daniel Fernandes – 7° Período
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