Peça teatral “Pirueta ou o último grito de Isaac Ivanovitch” estreou na última sexta-feira, 10, no Teatro Sesc Tijuca, apresentando críticas sociais e reflexões sobre o ser humano
A peça teatral Pirueta ou o último grito de Isaac Ivanovitch, estreou na última sexta – feira, 10, no Teatro Sesc Tijuca, apresentando inúmeras críticas sociais e reflexões sobre o ser humano. Com texto de Jason Prado, o monólogo é encenado pelo ator Paulo Giannini que dá vida ao palhaço Pirueta.
Na Trama, Paulo interpreta o ator Isaac Ivanovitch, que nunca conseguiu estrelar uma novela ou filme. Sua única realização artística era o palhaço Pirueta. Infelizmente, ele perde o emprego e começa a refletir sobre sua vida e a sua falta de prestígio profissional.
“Num momento como esse, que a gente está vivendo uma dificuldade imensa de produzir, fazer teatro, estar no palco. Fazer esse espetáculo é muito interessante exatamente porque fala disso. Uma pessoa que está saindo, está sendo retirada da sua profissão”, comenta o ator Paulo Giannini.
A peça apresenta diversos momentos hilários. Paulo conta inúmeras piadas e até interage com o público. No entanto, segundo o ator, o espetáculo não consiste somente em levar a plateia a gargalhar.

“Há o palhaço, há a brincadeira, mas, ao mesmo tempo, é muito trágico o final de carreira. Ao mesmo tempo, não é só o palhaço, é um homem comum. Quando se chega aos 60, 70 anos não tem jeito, tem que ficar dependendo de todo mundo”, declara Giannini.
Paulo ainda comenta a dificuldade em ser um artista no Brasil, algo muito abordado na peça.
“Nesse momento no Brasil está muito difícil. As pessoas pensam que cultura não é gênero de primeira necessidade, e é! A gente precisa de subjetividade, o povo precisa de subjetividade, e o teatro, o circo, o cinema, o entretenimento traz isso”, finaliza o ator.
A peça conta com a direção de Ana Velloso e Rogério Freitas. Está em cartaz no Teatro I Sesc Tijuca até o dia 02 de Junho, de sexta a domingo, às 20h.
Gabriel Murillo Monteiro – 6º Período
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