Saúde é direito de todo cidadão, mas com hospitais cada vez mais lotados, fazer cumprir essa lei fica cada vez mais difícil. Desde 1997, o governo promove diversos programas para auxiliar no atendimento dos hospitais públicos. Mesmo assim, a sensação é de que nada mudou. Médico intensivista e pneumologista do Hospital Geral de Bonsucesso, Luis Mora mostra o porquê que isso acontece e apresenta soluções para esses problemas.
Que tipo de paciente chega à emergência?
Geralmente são pacientes portadores de diabetes, hipertensão, doenças que não pode ser resolvidas de imediato. Mas pelo fato dos ambulatórios estarem cheios, esses pacientes vêm até as emergências com a esperança de serem atendidos na hora. O que muitas vezes não é possível nos ambulatórios, sempre lotados com consultas marcadas a longo prazo.
O que acontece com pacientes que não conseguem ser atendidos nas emergências?
Eles são transferidos para outros hospitais ou continuam esperando por atendimento sem previsão de tempo para o atendimento.
Como médico, acredita nos novos programas do governo? Por exemplo, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24h), hoje com oito unidades e previsão para mais 30 unidades para serem construídas?
Acredito sim. Esses programas contribuem para desafogar a grande quantidade de pacientes nas emergências. Os pacientes vão ter melhor atenção e atendimento na UPA e só seriam transferidos para os hospitais emergências os que estiverem em estados mais graves.
O que pode ser feito para evitar a grande lotação nos hospitais?
A sociedade precisa de atenção primária de saúde, ou seja, prevenção de doenças, check-up para ter informação da situação de sua saúde. Muitas vezes o paciente encontra-se doente ou em estado precário de saúde e não é tratado. Mais hospitais são necessários para atender a todos os cidadãos. Ampliar os programas básicos da saúde como o PSF (Programa da Saúde da Família) e o PAD (Programa de Atendimento Domiciliar) seria uma das novas soluções para evitar a superlotação nos hospitais da rede pública de saúde.
Danielle Feijoo – 6º período – Jornalismo Digital
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