A queridinha do booktok está de volta! Emily Henry lançou no início de maio o seu novo livro “Uma vida e tanto”. A trama narra a história de dois jornalistas – Alice Scott e Hayden Anderson – que viajam para uma pequena ilha na Georgia para disputar a oportunidade de escrever a biografia de Margaret Ives, herdeira de uma das famílias mais famosas do século XX.
Emily retorna com um romance protagonizado por dois jornalistas, o que vêm se tornando cada vez mais comum em suas histórias e até, de certa forma, repetitivo. Com um início promissor, o leitor se envolve com o mistério por trás de Margaret Ives, uma socialite conhecida como “A princesinha dos tabloides”, que desapareceu dos holofotes por décadas após uma tragédia envolvendo seu marido.
A trama do livro se desenrola de maneira arrastada e se assemelha a outros livros de Henry. É uma história boa, mas sem muitas surpresas.
O livro ganha pontos quando se trata do romance entre os protagonistas. A relação entre Alice e Hayden é marcada por diálogos divertidos, muita química desde o primeiro encontro e claro, com o bom clichê “enemies to lovers”. Enquanto competem para conseguir a tão sonhada vaga para escrever a biografia de Margaret, os jornalistas conhecem mais um sobre o outro e até mesmo sobre si mesmos, transformando sua relação em algo muito mais forte que uma simples paixonite.
O clímax de Uma Vida e Tanto acontece apenas nas últimas trinta páginas, com um plot twist que, embora funcional, não chega a surpreender os leitores mais atentos. A reviravolta é previsível, o que pode frustrar quem esperava um desfecho mais ousado ou impactante.
No fim das contas, o novo livro de Emily Henry tem seus méritos — principalmente na construção da dinâmica entre os protagonistas —, mas acaba tropeçando na própria fórmula. Com uma trama que avança de forma morna e elementos já vistos em outras obras da autora, Uma Vida e Tanto se parece, muitas vezes, com um livro já feito antes.
Foto de capa: Reprodução/ Emily Henry
Crítica de Luisa Lucas, com edição de texto de
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