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Bruno Mars no Brasil: prometeu tudo e entregou tudo

A repórter Nátali Marcos esteve presente na passagem de Bruninho pelo Brasil e traz suas considerações sobre a apresentação

O mês de outubro no Brasil está sendo marcado pelo meteoro Bruninho, apelido dado pelos brasileiros ao cantor norte-americano Bruno Mars. O artista de 39 anos sempre foi amado no país, mas depois da sua última passagem em terras brasileiras no festival The Town, em 2023, ele caiu nas graças do público brasileiro de fato com um vídeo que gravou nas ruas de São Paulo. Agora, retorna voltou 14 shows em solo brasileiro, divididos em seis apresentações em São Paulo, três no Rio de Janeiro, duas em Brasília e Curitiba, e uma data em Belo Horizonte, sendo essa a maior turnê internacional de um artista na história do Brasil.

No dia 16 de outubro, foi a vez dos cariocas experimentarem esta experiência. O Estádio Olímpico Nilton Santos, famoso Engenhão, estava lotado em plena quarta-feira. Depois de um dia inteiro de muito cansaço e espera, ele entra quase pontualmente no horário marcado. Bruno chega bem enérgico e contagiando o público já cansado e impaciente. Começou com as mais conhecidas e animadas, “24k Magic” e “Finesse”.

Agradecimentos no fim do show. (Foto: Nátali Marcos)

A apresentação tem uma estrutura de palco simples, o que dá mais visibilidade ao show são os jogos de luzes, mas o cantor e sua banda conseguem preencher o palco todo com talento e carisma. Todos os músicos tiveram seu momento solo, e Bruno, que já é conhecido por ser um artista versátil e ter uma enorme presença de palco, fez de tudo: cantou, tocou guitarra e piano, e dançou muito bem, como sempre faz, com muita facilidade e envolvendo o público. É claro que, ao falar da estrutura, precisamos falar do recorte em que mulheres na cultura pop são muito mais cobradas em tudo, e os artistas masculinos são elogiados pelo simples. Mas de fato, Mars se garante com um palco simples e consegue ser o próprio evento.

Na sua quarta passagem no país, ele parece estar totalmente alinhado com o jeitão brasileiro. Bruno falou português em diversas vezes, passou o vídeo com um funk feito para ele em sua última vinda ao Brasil, cantou funk no palco e até entonou o sotaque carioca. Isso não é um privilégio só nosso, já que ele tem o costume de fazer isso se dedicar a aprender a pouco da cultura do local que está está se apresentando, mas é algo que o aproxima dos fãs.

Bruno Mars retribuindo o carinho dos brasileiros. (Foto: Nátali Marcos)

Seu aprendizado da cultura musical brasileira acabou sendo levado para o palco. A primeira vez que fez isso foi no The Town, quando levou o público a loucura com seu tecladista tocando o clássico “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó. Na passagem atual pelo país, na maioria dos shows de São Paulo, ele tocou o samba “Cheia de Mania”, do Raça Negra. Em seu primeiro no Rio de Janeiro, ficou a expectativa do samba tocar de novo, mas o escolhido foi “Evidências’.

Apesar de não ter um setlist inovador, é correto afirmar que a plateia ali viveu uma experiência única. Com toda essa dedicação, carisma e datas esgotadas, Bruno Mars continua merecendo um CPF.

Foto de capa: Reprodução/Instagram (@brunomars)

Reportagem de Nátali Marcos, com edição de texto de João Agner

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