Às vezes, eu queria ser um Lego por um dia

Por Cássia Verly

Não teve uma única vez que ao entrar na loja de brinquedos Lego no Shopping Leblon, eu não me encontrasse encantada por esse mundo. Desde pequena, eu adorava brincar com aqueles Legos, e fazia diversas torres com eles, sem contar a dor de você pisar em um sem querer. Sempre foi um brinquedo que eu curti muito e, posteriormente, descobri a existência dos personagens em forma de Legos.

Sou uma pessoa encantada pelo mundo dos heróis, já tive minha fase “marvete” (fã de filmes da Marvel). Agora, sinto que já superei um pouco esse capítulo da minha vida, mas minha coleção dos “mini brinquedos” deles não foi nem um pouco superada. Tenho diversos personagens, como Homem de Ferro, Pantera Negra, Demolidor, Loki, Gavião Arqueiro, e por aí vai.

É impossível não se encantar pelas peças enormes que vendem nas lojas, como as naves de heróis, as vilas de personagens, carros gigantes que você demoraria horas montando, mas ao mesmo tempo seria a coisa mais divertida que você pode fazer. Imagina você estar ali dentro, em um mundo onde tudo é possível e lindo. Você estar dentro da Millennium Falcon (nave de Star Wars) por um dia, ou ser um buquê de brinquedos, ou estar dentro de uma casa aconchegante em qualquer lugar do mundo, tudo por apenas um dia.

O mundo dos Legos é algo fascinante. Não é à toa que diversos estúdios estão investindo em filmes inteiros com esse formato, como “Uma Aventura Lego” e “Lego Batman”, e até o mais recente “Homem Aranha: Através do Aranhaverso”, com uma cena do Homem Aranha em formato de Lego. Isso não é algo que encanta apenas o público infantil, é algo que encanta a todos.

Minhas melhores lembranças são montando torres, que eu imaginava como castelos, quando eu era apenas uma criança. Atualmente, sinto o mesmo tipo de felicidade ao comprar mais um Lego para a minha coleção. Como pode um brinquedo tão minúsculo, me deixar tão feliz?

Talvez seja por isso que eu gostaria de ser um Lego por um dia. Desejo transmitir felicidade para as pessoas que nem eles transmitem para mim, e poder viver a nostalgia e encanto que esse brinquedo me traz, por um dia.

Foto de capa: Depositphotos

Crônica de Cássia Verly, com edição de texto de João Agner

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