A reunião do G7 aconteceu nesse último fim de semana (19), em Hiroshima, no Japão. O grupo dos sete países mais industrializados do mundo é composto atualmente por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mas a cúpula também convida anualmente líderes de alguns países que estão com a sua economia em evidência. Esse ano, o Brasil, representado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou ao encontro após 15 anos afastado.
Além do Brasil, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, convidou líderes da Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Vietnã.

Dos assuntos abordados, a guerra da Ucrânia, foi o foco principal. Em 2014, a Rússia foi expulsa da cúpula após o país invadir e anexar o território da Crimeia, antes uma república autônoma pertencente ao espaço ucraniano, fazendo com que o grupo voltasse a ter apenas sete membros. Com a declaração oficial de guerra, em 2022, o debate sobre armas nucleares foi intensificado no cenário mundial e amplamente debatido na reunião.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky esteve presente em Hiroshima para discutir o desarmamento nuclear, mas pra que isso ocorra é necessário que Rússia se comprometa com a Declaração Conjunta dos Líderes de Cinco Estados sobre Armas Nucleares. Durante a cúpula também foram discutidas novas sanções econômicas para que a Rússia encerre a guerra.
O que é G7
A reunião acontece desde 1971 entre grandes potências políticas e econômicas para discutir assuntos urgentes e coordenar ações para solucioná-los. Em 1998, Rússia inteirou a cúpula e o grupo passou a ser chamado de G8, porém a mesma foi expulsa após a invasão da península ucraniana da Crimeia em 2014.
O posto de presidente da cúpula alterna de ano em ano, porém em 2023, o Japão foi o líder, ficando responsável por sediar e organizar todos os detalhes da reunião. Hiroshima foi a cidade escolhida como sede por ter sido protagonista do primeiro ataque atômico da história, uma clara proposta de reflexão sobre o desarmamento nuclear.
“Acredito que o primeiro passo para qualquer esforço de desarmamento nuclear é fornecer uma experiência em primeira mão das consequências do bombardeio atômico e transmitir com firmeza essa realidade” afirmou o primeiro ministro japonês antes da realização da cúpula.
Lula no G7
O presidente Lula, convidado por ser líder do maior país latino americano, participou de mais de 11 reuniões bilaterais, desde integrantes plenos a líderes convidados. O chefe do executivo também se reuniu com o presidente do Congo, Joko Widodo, com quem planeja criar uma cúpula das florestas, reunindo todos países que detém grandes áreas de florestas tropicais. António Guterres, secretário-geral das nações unidas, afirmou que apoiará essa iniciativa.
Por incompatibilidade nas agendas, Lula não conseguiu se reunir com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O petista tratou principalmente de temas como: a guerra na Ucrânia, preservação ambiental, reestruturação da governança global e relações comerciais.
Foto de Capa: Divulgação/Ricardo Stuckert (PR)
Reportagem Hunter, com edição de texto de Gabriel Ribeiro
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