
e Gabriel Maciel. (Foto: perfil@olharparaasruas)
Ajudar o próximo. Essa é a nova onda positiva que invadiu a cidade e trouxe um mar de esperança na luta contra os efeitos negativos que o Coronavírus gerou para muitas pessoas. Um drama humano vem assombrando os mais carentes e vulneráveis nas ruas do Rio de Janeiro desde o mês de março, quando se iniciou a pandemia e seus reflexos na economia local.
Com os cortes de empregos gerados pela paralisação de diversas áreas do comércio e da indústria, muitas pessoas ficaram sem a possibilidade de comprar itens básicos para o seu cotidiano. Diante de todos esses problemas, grupos de voluntários formados por igrejas, amigos, vizinhos e até mesmo de empresas estão fazendo a diferença na vida de muitos cariocas.
A distribuição de refeições ou cestas básicas chega em um momento importante para essas pessoas. Muitas não apresentam mais renda por terem perdido emprego. Um desses movimentos é o projeto “Um olhar para as ruas” – criado por um grupo de amigos da Rocinha, que distribuem quentinhas, roupas e kits de higiene para moradores de rua em vários locais da Zona Sul e Centro do Cidade do Rio.
Buscando divulgar melhor o trabalho e ter um maior alcance por intermédio do perfil do Instagram (@olharparasruas), Kelly Silva, recepcionista, 32 anos, fala um pouco como funcionam as doações. “Recebemos algumas ajudas por meio do nosso perfil e estabelecemos parcerias. Temos dois parceiros fixos, pontos de coletas em prédios de São Conrado, e tudo isso chegou por meio da ajuda de pessoas que conheceram nosso trabalho pela internet”.

(Foto: perfil @olharparaasruas)
Mesmo desempregado e buscando ajudar no processo de preparo dos alimentos, Gabriel Maciel, 23 anos, irmão de Kelly, explica um pouco do seu trabalho no grupo. “Sou cozinheiro e estou desempregado, assim como muitas pessoas, devido aos impactos gerados pela Covid-19. Faço o preparo das refeições com as doações recebidas por todo o grupo e buscamos dar o nosso melhor em todas as etapas, desde a pré ação até o momento de chegar às mãos de quem precisa muito dessa ajuda”.
O grupo tem uma grande dificuldade no transporte dos alimentos, já que não tem carro próprio. “Dependemos muito da ajuda de outras pessoas para conseguir viabilizar um aluguel de veículo e poder fazer as entregas”, completa Jenny Oliveira, 28 anos, desempregada, que ajuda o grupo montando os kits e buscando doações.
Na rua se encontram muitas histórias diferentes entre uma ajuda e outra. Diante de tudo, a esperança continua sendo o ingrediente principal e item indispensável para a sobrevivência dessas pessoas que se encontram nessa situação. As doações para o projeto podem ser feitas pelo WhatsApp: 98535-3775 ou pelo perfil do projeto no Instagram.
*Matéria produzida pelo aluno Patrik França de Andrade Serafim para a disciplina Teoria e Técnica da Notícia, ministrada pela professora Maristela Fittipaldi.
Pingback: Os invisíveis: a realidade de quem não tem um lar | Agência UVA