Durante esse momento de combate ao novo Coronavírus, a solidariedade se torna a principal ferramenta contra a pandemia. O isolamento domiciliar é fundamental para reduzir a velocidade de propagação do vírus e, assim, evitar um colapso no sistema de saúde. Outra orientação do Ministério da Saúde é o uso das máscaras descartáveis ou de pano, que se tornaram obrigatórias nas grandes cidades do país. Diante dessa situação, surgiram voluntários de vários bairros no Rio de Janeiro, dispostos a confeccionar e doar itens de proteção.
No Engenho de Dentro, a professora aposentada Maria Luiza Vergueiro Santana, de 70 anos, resolveu utilizar seu tempo livre para ajudar as pessoas. Juntou todos seus retalhos de tecido, algodão e elástico e começou a produzir máscaras. Empenhando-se quatro horas por dia, conseguiu fabricar 60 unidades, que foram distribuídas aos moradores de rua, nos bairros Méier, Engenho de Dentro e Todos os Santos. “Nesse mundo temos que ajudar uns aos outros. Não podemos fechar os olhos para aqueles que estão a nosso redor”.

Para se manter longe das fake news e perto da solidariedade, Ana Angélica Monteiro, de 57 anos, moradora de Jacarepaguá, aposentada, teve a ideia de fabricar máscaras de proteção usando tecidos e TNT comprados de um armarinho que faz entregas em domicílio. Utilizando seu tempo para fazer o bem, a aposentada costura entre uma e três horas por dia. “Tenho uma amiga parceira que me ajuda nas distribuições e entrega em Centros Espíritas que conhecemos. Acho que ao todo já costurei mais de cem máscaras”, orgulha-se.

(Foto: Arquivo Pessoal)
Outro exemplo de solidariedade é Elaine Christina Celestino, de 47 anos, moradora do Méier, estudante, que começou vendendo suas produções de máscaras para arrecadar dinheiro e comprar alimentos, para entregar na Instituição na qual ela trabalha como voluntária. Com o valor do tecido alto, Elaine está produzindo as máscaras de TNT com uma dupla camada. Por ser mais simples e descartável, a produção é mais rápida, fazendo com que Elaine possa costurar três vezes mais que as de tecido.

Dedicando-se duas horas por dia, a voluntária já conseguiu fabricar mais de cem unidades, doando tudo para Instituições e Igrejas. “Costurar as máscaras me ajuda muito. Tenho depressão, mas quando fico costurando, a vida fica colorida. Penso que qualquer trabalho voluntário faz mais bem para quem serve do que para quem é servido”, acredita Elaine, emocionada.
*Matéria produzida pela aluna Analu Moreira para a disciplina Teoria e Técnica da Notícia, ministrada pela professora Maristela Fittipaldi.
PARABÉNS, Analu!!! Bjs!