Vento foi mais forte que o do ciclone Idai, que atingiu o país em março desse ano
Na quinta-feira (25), o ciclone Kenneth atingiu a costa de Moçambique. Cerca de 38 pessoas morreram e 168 mil foram afetadas pela tempestade, de acordo com a agência de notícias Reuters, nesta segunda (29). As rajadas de vento marcaram 280km/hr. Esse já é o segundo ciclone que acontece na região. Em março, o ciclone tropical Idai atingiu Zimbábue, Malaui e Moçambique. O país mais afetado foi Moçambique, com mais de 600 mortes registradas.
O vento, que foi maior que o do ciclone Idai (200 a 220km/hr), trouxe chuva forte para a região, podendo variar de 100 a 150mm. Aviões de ajuda humanitária não chegaram aos pontos de desastre devido às fortes chuvas que isolam as comunidades em áreas remotas. A tempestade afetou principalmente Pemba, cidade capital da província de Cabo Delgado, que fica cerca de 2,5 mil km de Maputo, capital de Moçambique.
O acesso rural está impedido devido às fortes chuvas que inundaram as estradas no domingo (28). Em Pemba, a água começou a recuar, mas alguns bairros apresentam enchentes que chegam até a cintura. Kenneth atingiu a ilha de Comores antes de chegar em Moçambique. O ciclone deixou quatro mortos, segundo a ONU. Além disso, a Organização liberou R$51 milhões como ajuda emergencial aos dois países fortemente afetados.

(Foto: Reprodução/Twitter)
No sábado (27), o ciclone diminuiu a velocidade ao chegar na província de Cabo Delgado, e deve permanecer na região por pelo menos dois dias, de acordo com o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha). Ainda assim, a ONU estipula chuva de até 600 mm para a região nos próximos 10 dias. Segundo a agência Associated Press, o número de vítimas deve aumentar e as autoridades estimam que talvez não se chegue a um número exato de mortos.
Luana Ucha – 7° Período
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