malala posterFeminista, ativista e símbolo de luta educacional. Malala Yousafzai tem apenas dezoito anos e é um ícone entre aqueles que lutam pelos direitos civis. Por se tratar de alguém tão importante para sociedade mundial, já era de se esperar que uma hora algum diretor ia assumir a tarefa de fazer uma adaptação para o cinema. O documentário “Malala” estreia amanhã (19) e traz as duas facetas da protagonista: de um lado uma simples menina paquistanesa, de outro a ganhadora do Nobel da Paz de 2014.

A adolescente é a primeira mulher a nascer na linha familiar paterna em trezentos anos. Seu nome é uma homenagem à heroína afegã do século XIX, cujo poder de retórica rendeu uma vitória para seu país na batalha contra a Inglaterra. Assim como a guerreira, os discursos de Malala, do século XXI, trazem consigo a verdade e o pedido de sessenta e seis milhões de crianças que ainda são privadas do direito de estudar.

O documentário também conta a história do pai, que – mesmo com problemas de gagueira – jamais desistiu de seu sonho: ser a voz dos homens afetados pelo Talibã. Ele foi responsável por ensinar ideologias a Malala, ensinando que os estudos são fontes inesgotáveis de sabedoria e que se ela tivesse esse pensamento, ninguém poderia fazê-la se calar diante dos problemas. Os dois irmãos mais novos da ativista também foram entrevistados. Eles falam que a irmã mais velha não é muito diferente das outras garotas. Ela dá bronca neles e está sempre fazendo o dever de casa.

A escolha do diretor, que também é o roteirista, não poderia ser melhor. O longa é comandado por Davis Guggenheim, criador do renomado “Uma verdade inconveniente”. Davis traz breves animações que parecem ter sido tiradas de ilustrações de um livro infantil, áudios das mensagens passadas pelo líder do Talibã em que se mostra extremista e discriminatório contra gêneros, fotos e retratos do passado da família, os primeiros discursos, incluindo aquele feito à ONU, e todo o material televisado da menina que levou um tiro por defender seus ideais.

“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”, esta é a frase mais conhecida da heroína, cujo filme conta como ela foi convidada para escrever o “Diário de uma Estudante Paquistanesa” para a BBC; sua infância ao lado do maior exemplo, o pai; o evento que a fez perder a audição e parte dos movimentos do lado esquerdo e como ela nunca se deixou abalar por isso. Muito mais que uma simples história, o enredo do documentário de Malala Yousafzai enche os corações de compaixão e esperança de que uma sociedade melhor pode ser construída a partir de uma educação igualitária e aberta para todos.


Luana Feliciano – 2° Período

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