Buracos que dificultam o caminhar dos pedestres, raízes de árvores que obstruem a passagem e obstáculos que obrigam as pessoas a dividir a rua com os carros resume bem como se encontra grande parte das calçadas da Tijuca.
Depois da falta de segurança, o maior motivo de reclamação dos tijucanos, na Subprefeitura do bairro, é a falta de conservação dos passeios públicos da região. Um projeto, previsto para iniciar em maio, busca conscientizar a população sobre as responsabilidades de cada um na preservação dos espaços.
Quem mais sofre são os idosos. Aos 94 anos, a aposentada Marina Teles sabe bem dos problemas causados pelo falta de conservação de algumas calçadas do bairro. “Eu nunca cai porque só ando olhando para o chão. Mas se isso acontecer, vai ser triste, porque eu tenho osteoporose e com essa idade vai ser difícil eu me recuperar”.
Já o eletricista Edvaldo Cabral, de 47 anos, não teve a mesma sorte e tropeçou em um buraco. “Eu não sei o que está acontecendo. Com certeza as ruas da Tijuca estão largadas. Falta alguém chegar aqui, olhar e consertar tudo. Falta também material e mão-de-obra para arrumar essa buracada toda”.
Segundo o chefe de gabinete da Subprefeitura da Grande Tijuca, Gilberto Balbino, a responsabilidade da manutenção e da conservação das calçadas é dos proprietários ou responsáveis pelo imóvel ou terreno. “Aqui na Tijuca, a Subprefeitura procura atuar dentro de um maior número possível de ruas da região sempre servindo como órgão facilitador entre os moradores e o poder público”.
Quantidade de quedas já começa a preocupar os médicos
A situação preocupante das calçadas da cidade está se tornando um caso de saúde pública, dada a quantidade de acidentes que causa. Não existe ainda uma estatística sobre o número de entradas em emergências e consultórios resultantes as quedas nas ruas.
O ortopedista e fisioterapeuta Vinícius Ceci Pires, afirma que está cada vez mais comum, pessoas chegarem aos hospitais com lesões ou fraturas provocadas por quedas nas calçadas. “Há dois grupos: os mais jovens que sofrem entorses no tornozelo ou ruptura de ligamentos e os mais idosos que tem lesões mais graves, até por conta da idade mais avançada. Em geral os idosos por já terem problemas de equilíbrio, sofrem fraturas no punho e no quadril, que são agravadas por já terem osteoporose”.
Projeto prevê maior fiscalização
Uma dessas ações começa a partir da primeira quinzena de maio. Esta é a época em que a Prefeitura do Rio de Janeiro promete passar a fiscalizar com maior rigidez, com o projeto ‘Conservação de Calçadas – A sua responsabilidade passa por aqui’. As Subprefeituras passarão a fazer visitas de rotina e iniciarão um programa de advertências com o objetivo de estipular prazos e identificar responsáveis pelo conserto das calçadas. Caso o acordo entre a Subprefeitura e o responsável não for cumprido, ele sofrerá sanções da Prefeitura, que incluem multas e até a cassação do alvará de imóveis comerciais.
Enquanto isso, os cariocas podem cumprir seu papel de cidadão e encaminhar qualquer reclamação para a Ouvidoria do Município ou à Subprefeitura, via e-mail (ca-tijuca@rio.rj.gov.br) ou telefone (2238-5616 ou 2571-1342). “A gente anota qual é o tipo de reclamação, envia ao órgão responsável, cobra dele se aquele procedimento é realizado e notifica de volta a pessoa que reclamou”, informa o chefe de gabinete Gilberto Balbino.
Maurício Bortoluzzi e Natália Mayrink – 7º período
Concordo com que está escrito. A falta de manutenção das calçadas é vergonhoso !
Adorei a matéria! Realmente os buracos nas calçadas da Tijuca estão crescendo e se multiplicando a cada dia! Os telefones e o e-mail citados na matéria serão bastante úteis!