“Invocação do Mal 4” mostra que devemos aceitar nosso destino e enfrentar o que nos atormenta de forma falha

“Invocação do Mal 4” chegou na última quinta-feira (4) nos cinemas e fecha a franquia com um roteiro não tão convincente. Mesmo com Vera Farmiga e Patrick Wilson como veteranos, e as adições de Mia Tomlinson e Ben Hardy ao elenco, o filme deixa a desejar.

Baseado no caso da família Smurl, último caso dos Warren, o filme se situa em um subúrbio da Pensilvânia em 1986, 22 anos após o nascimento da primeira filha do casal, Judy Warren, interpretada por Mia Tomlinson. Após a compra de um espelho antigo, a família Smurl começa a sofrer as consequências dos espíritos que nele habitavam, ouvindo passos pela casa, noites atormentadas pelos espíritos que não descansaram.

Enquanto isso, a família Warren vive uma vida tranquila após o diagnóstico de um problema cardíaco de Ed e o noivado de Judy, suspendendo seus atendimentos e vivendo de palestras. Porém, Judy ainda sofria com o tormento que a acompanhou desde sua infância e não sabia lidar com esse sentimento, tentando apenas bloqueá-los até que sumissem para sempre, o que nunca aconteceu.

As histórias das famílias se conectam quando descobrimos a ligação entre o espelho da família Smurl com o primeiro caso da família Warren, no mesmo dia do nascimento de sua filha. Após a fuga repentina de Judy, ambas as famílias se encontram e os Warren decidem ajudar os Smurl e realizar seu último atendimento.

Nessa altura, a proposta do filme já havia se perdido, o que era baseado no último caso dos Warren, se torna uma biografia da filha do casal, que renega seu lado médium por 22 anos e resolve aceitar seu destino previsto. A direção de Michael Chaves deixa a desejar em mais um filme da franquia de terror, no qual ele perde a oportunidade de desenvolver personagens novos, mostrar os acontecimentos na casa dos Smurl, história principal levada ao filme, pouco abordada no roteiro.

“Invocação do Mal 4” é mais um filme para lucrar em cima da legião de fãs, e serve apenas para colocar um ponto final na história da família Warren. Avaliado com 54% de aprovação pela “Rotten Tomatoes” em 79 avaliações de críticos, o filme não agrada tanto nos aspectos para o final de uma franquia e fecha a história dos Warren com mais um filme que não conta a história deles.

Foto de Capa: Reprodução/Olhar Digital

Reportagem de Gabriel Goulart, com edição de texto de Vinicius Corrêa

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