“Baseados em fatos reais”: 10 filmes do gênero que você precisa assistir

Nem tudo o que vemos nas telonas é pura ficção. Muitos filmes retratam histórias reais e fatos históricos, com o objetivo de sensibilizar, emocionar e informar o público. Nesta lista feita pela Agência UVA, foram selecionados 10 filmes baseados em acontecimentos reais que merecem ser assistidos.

“Garota Interrompida” (1999)

Apesar de ser bastante conhecido, muita gente não sabe que o filme é baseado no livro de memórias de Susanna Kaysen, que relata suas experiências em um hospital psiquiátrico aos 18 anos. Com um elenco poderoso, o longa conta a história de uma jovem diagnosticada com Transtorno de Personalidade Borderline, e apresenta outras personagens marcantes, cada uma com seus próprios distúrbios e trajetórias únicas.

“Vá e Veja” (1985)

Considerado um dos filmes de guerra mais impactantes da história do cinema, “Vá e Veja” se destaca pela forma crua e visceral pela forma que retratam os horrores durante a Segunda Guerra Mundial. Lançado em 1985, durante o período da União Soviética, o longa mostra os efeitos devastadores da Segunda Guerra Mundial pelos olhos de um adolescente, sem suavizar a brutalidade dos acontecimentos.

“Gummo” (1997)

Dirigido por Harmony Korine, quando tinha apenas 24 anos, “Gummo” se passa na cidade de Xenia, Ohio, após o maior tornado já registrado na região, ocorrido em 1974. Inspirado nas consequências reais da tragédia, o filme retrata a vida de jovens marcados pela pobreza, negligência e abandono. Com uma estética crua e quase documental, “Gummo” revela um retrato desconfortável de uma povo marginalizado.

“Possibly In Michigan” (1983)

Um curta musical que viralizou no TikTok por suas cenas canções marcantes e perturbadoras, “Possibly in Michigan” vai muito além de um filme experimental de menos de 15 minutos. A história é inspirada em experiências reais vivenciadas pela própria diretora, Cecelia Condit. Na época em que escreveu o roteiro, ela havia namorado Ira Einhorn, mais conhecido como o “Unicorn Killer”, um ecoativista que assassinou a ex-namorada. O curta surgiu como uma forma de Condit lidar com o trauma e, ao mesmo tempo, construir uma narrativa de enfrentamento feminino. Ao lado de sua amiga, a protagonista confronta uma figura masculina ameaçadora.

“Ainda Estou Aqui” (2024)

Dirigido por Walter Salles, “Ainda Estou Aqui” é um drama biográfico que retrata a história de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a Ditadura Militar. Baseado no livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva, o filme acompanha a trajetória de Eunice na tentativa de reconstruir sua vida e buscar justiça para o marido. Em meio a um dos períodos mais crueis do Brasil, a obra destaca a força e a resiliência de uma mulher diante da repressão e da dor.

“Elephant” (2003)

Dirigido por Gus Van Sant, “Elephant” é baseado no Massacre de Columbine, que ocorreu em 1999 nos Estados Unidos. Mostrando diversos pontos de vistas, acompanhamos a vida de alguns alunos enquanto dois deles planejam o massacre. A obra gera desconforto ao retratar o cotidiano escolar sendo invadido pela violência, provocando reflexões sobre bullying, alienação e o acesso a armas.

“Yves Saint Laurent” (2014)

Mais do que um retrato sobre um dos maiores ícones da moda, “Yves Saint Laurent” se aprofunda na vida pessoal e profissional do estilista que revolucionou o vestuário feminino. Neste filme, acompanhamos a carreira de Yves ainda na Dior até a criação de sua própria marca. A obra mostra não apenas o talento do designer, mas também seus conflitos internos com a sua relação conturbada com a fama.

“O Bicho de Sete Cabeças” (2000)

Baseado em uma história real de Austregésilo Carrano Bueno, o filme expõe uma crítica contra o sistema manicomial brasileiro e da forma como a sociedade enxerga o uso de drogas. Acompanhando a trajetória de Neto, um jovem internado à força, o filme escancara os abusos cometidos dentro de instituições psiquiátricas e nos entrega uma reflexão urgente sobre o tratamento de vícios, neurodivergências e a perda da autonomia individual.

“Eu, Christiane F. – 13 anos, Drogada e Prostituída” (1981)

Baseado no livro que reúne relatos reais de uma série de entrevistas, “Christiane F.” acompanha a vida de uma adolescente durante os anos 70 que se envolve com drogas e prostituição desde muito jovem. O filme é cru, impactante e difícil de digerir, não apenas por sua abordagem direta sobre os efeitos da heroína, mas também por revelar a perda de uma juventude. Uma obra sensível, forte e necessária.