Por Cássia Verly
Todo mundo tem uma história sobre como começou a consumir conteúdo sobre divas pop. Uns falam sobre assistir a clipes na MTV durante o dia, outros contam que descobriram navegando pelo YouTube ou pelas redes de streaming. Comigo, foi o meu pai — e a Lady Gaga.
Crescer em uma casa com duas adolescentes morando nela, que eram minhas primas, fazia com que meus pais tivessem mais contato com esse mundo. Durante minha infância, sempre gostei de escutar músicas de vários artistas, mas o divisor de águas da minha vida foi o dia em que meu pai chegou em casa com um DVD que ele comprou na Uruguaiana. Era uma coletânea de diversos clipes da Lady Gaga e Katy Perry.
Lembro de colocar aquilo na televisão no auge dos meus seis anos, todos os dias, e decorar todas as músicas. Eu não sabia o nome delas, mas cantava tudo, me esforçando ao máximo para entender inglês.
“Bad Romance”, da Lady Gaga, foi a primeira música que eu tive curiosidade de saber o nome, segundo a minha mãe. Lembro de pegar o início da música e jogar na aba de pesquisa do YouTube algo como “uaua ua ah ah roma roma ma ma ga ga uh lala” — e me decepcionar porque não apareceu nada.
Minha primeira atitude foi chamar minha mãe, e ela apenas disse para eu ligar para minha prima, que saberia me ajudar. Dito e feito. Agora que eu tinha mais acesso à Lady Gaga, Katy Perry e outros artistas, nunca mais parei.
E meu pai, claro, nunca mais parou de me dar CDs e DVDs de diversos artistas. Podemos adicionar à lista Demi Lovato, Selena Gomez, One Direction e muitos outros.
Hoje em dia, se eu começo a gostar de um novo artista, a culpa é toda do meu pai, que me comprou aquele DVD lá por 2010. Obrigada, pai, por me mostrar essa paixão da qual eu nunca abri mão — e nem pretendo.
Crônica de Cássia Verly, com edição de texto de João Agner
Foto de capa: Pexels
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Que lindo., sensacional… parabéns… você é demais.
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