Com a contagem regressiva para o show da Mother Monster em Copacabana, no dia 3 de maio, a equipe da Agência UVA decidiu fazer uma retrospectiva dos álbuns pop da Lady Gaga. Em um ranking do mais fraco ao melhor trabalho de estúdio de Gaga, a lista de sete discos navega por quase vinte anos de história, desde o final dos anos 2000 com “The Fame” e Just Dance, Paparazzi e LoveGame, até o disco mais recente, “Mayhem” lançado em março de 2025.
7. “Joanne” (2016)
Recuperada de um flop colossal, e após conquistar um novo público em uma premiada era de Jazz com a lenda Tony Bennett, Gaga estava preparada para outro álbum pop em 2016. “Joanne”, lançado há quase nove anos, era um trabalho pop, porém diferente das batidas mega dançantes que Gaga ficou conhecida. Neste trabalho, ela se aventurou pela estética country pop e pop rock, se inspirando em Bruce Springsteen e Elton John para a criação dessa era mais rústica e menos glamurosa. Mesmo com essa ideia inovadora para sua identidade disruptiva e extravagante, “Joanne” peca pela falta de tato em composições marcantes, sendo um dos trabalhos mais esquecíveis de Lady Gaga. Escute “Joanne” aqui.

6. “ARTPOP” (2013)
Mais de dez anos após seu lançamento, pode-se afirmar que o principal erro da infame era “ARTPOP” foi sua pretensiosa ideia. Pretensão é algo presente em qualquer álbum; todo artista tem ideias que quer mostrar, explorar e produzir em seus trabalhos em estúdio. Porém, em “ARTPOP”, Lady Gaga introduziu o conceito da Pop Art, movimento dos anos 1960 que trazia elementos da cultura pop para o ambiente elitista das artes plásticas, museus e galerias. Mas, neste seu quarto álbum, Gaga produz e canta canções ruidosas porém não tão diferentes de seus primeiros álbuns, que também tinham produções carregadas de electronic dance music e pop dançante. Ainda assim, “ARTPOP” tem suas flores, como as três primeiras canções, “Aura”, “Venus” e “G.U.Y.”. Escute “ARTPOP” aqui.

5. Chromatica (2020)
“Chromatica”, sexto álbum de Lady Gaga lançado em 2020, é um de seus trabalhos mais subestimados. Já pela capa, é compreendido o retorno da Mother Monster ao pop “farofa” das pistas, onde ela é mais reconhecida. O trabalho foi meio divisivo em sua repercussão, por ter muitas das letras consideradas bobas, como “Stupid Love”, que regrediram a maturidade de Gaga. Vale lembrar que ela sempre concluiu rápido suas músicas, compondo letras de hits em questão de minutos. Mas, mesmo assim, é um disco com vantagens, como “Sour Candy”, “Rain on Me” e “911”, divertidas, porém nulas comparadas aos trabalhos das primeiras posições. Escute “Chromatica” aqui.

4. Mayhem (2025)
Lançado em março de 2025, “Mayhem” é a grande volta de Gaga ao “dark pop”, como ficou conhecida a estética sombria e metálica dos seus álbuns “The Fame Monster” e “Born This Way”, de 2009 e 2011, respectivamente. Ele também apresenta uma das melhores sequências de faixas, em anos, de um álbum da Lady Gaga, especificamente da pulsante “Disease” ao hit “Abracadabra” até as saborosas “Killah” com Gesaffelstein e “Zombieboy”. Apesar disso, “Mayhem” se perde em seus minutos finais pela breguice onde Gaga ficou estagnada com “Nasce Uma Estrela”, mas mesmo assim é um bom retorno à moda antiga. Escute “Mayhem” aqui.

3. Born This Way (2011)
Em seu terceiro álbum de estúdio após dois trabalhos premiados e aclamados pelo público, Lady Gaga não mediu rédeas na hora de fazer seu tão adorado “dark pop”. “Born This Way”, lançado apenas dois anos depois de “The Fame Monster”, tem como maior proeza Gaga não pisar no freio com suas referências obscuras. O álbum de 14 músicas mais três faixas bônus é um trabalho que, apesar de ser pesado, barulhento e, em certos momentos, gótico, consegue equilibrar com o lado mais pop de Gaga, da qual ela é uma estudiosa. O disco contou com vários singles, como “Born This Way”, a faixa-título com influência direta de “Express Yourself” de Madonna, “The Edge of Glory”, “Marry the Night”, “Yoü and I” e a polêmica “Judas”. Além de “Bloody Mary”, resgatada pelo Tiktok em virais com a série “Wandinha”. Escute “Born This Way” aqui.

2. The Fame (2008)
Logo em seu primeiro álbum, Lady Gaga mostrou que veio para ficar. Durante as primeiras notas em sintetizadores de “Just Dance”, seu lead single, o ouvinte de 2008 consegue captar a presença e força pungente e obcecante da jovem nova iorquina de apenas 22 anos durante a época do lançamento. Junto dessa, tem as outras excelentes “Poker Face”, “Paparazzi” e “Lovegame”. Graças a este disco, Lady Gaga conseguiu fama internacional após ser descoberta por Akon e assinar contrato com a Interscope. Escute “The Fame” aqui.

1. The Fame Monster” (2009)
Um dos principais fatores que fazem “The Fame Monster”, segundo álbum de Lady Gaga, ser o melhor trabalho de sua carreira, é a economia de seus menos de 40 minutos e oito faixas de duração. Dentre elas, clássicos atemporais como “Alejandro”, “Telephone” e “Bad Romance”, que mesmo com menos de vinte anos desde seu lançamento, estão marcados no imaginário pop deste século. Além de claro, b-sides e singles promocionais que também são sempre lembradas por Gaga e seus little monsters, como “Dance in the Dark” e “Monster”. Escute “The Fame Monster” aqui.

Foto de capa: Divulgação
Reportagem de Vinicius Corrêa, com edição de texto de João Agner
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