“Espada de vidro” faz excelente papel de continuação e desenvolve o universo de Victoria Aveyard

O sangue de Mare Barrow é vermelho, assim como a população comum, mas suas habilidades a tornam tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Após ter seus poderes expostos em rede nacional, a jovem se torna uma arma que a corte real deseja esconder e controlar. ao fugir do palácio, Mare descobre não ser a única de sangue vermelho com poderes.

“Espada de vidro”, segundo livro da série de quatro livros de Victoria Aveyard, tem inicio no ponto onde “Rainha Vermelha”, livro anterior, havia terminado. Nele, vemos Mare Barrow, a personagem principal fugindo junto com o príncipe Cal e a Guarda Escarlate após quase ser assassinada pelo atual rei e seu ex-noivo, Maven. Agora, em fuga, a jovem poderosa tenta encontrar outros poderosos como ela para formar um exército contra a nobreza opressora.

“Se sou uma espada, sou uma espada de vidro, e já me sinto prestes a estilhaçar.”

Nesse livro, acontece a introdução dos sanguenovos, que assim como Mare, são pessoas que nasceram com sangue vermelho e tem poderes, assim como os prateados. A garota elétrica (forma que a personagem principal foi apelidada) começa uma jornada atrás dessas pessoas, tendo apenas a lista que seu antigo professor, Julian Jacos, a entregou. Durante a busca, a personagem principal descobre que os sanguenovos possuem diversos poderes, que nem mesmo a elite prateada possui.

Na trama, consegue-se ver a evolução da protagonista e a constante tentativa de superar seus traumas passados e em sua busca de se tornar uma boa líder. Tendo sempre a frase “todo mundo pode trair alguém” como uma espécie de mantra, a garota elétrica toma algumas decisões que custam algum preço, não só para ela, mas para todos que a acompanham. Mesmo com suas imperfeições e inseguranças, é possível ver a força de Mare, que apesar de ter passado por diversas coisas, segue na busca de um mundo melhor para as pessoas da mesma cor de seu sangue.

Victoria Aveyard trouxe um livro com adrenalina do início ao fim, cheio de cenas de ação, traições e reviravoltas, fazendo com que “Espada de vidro” seja um livro que instiga a curiosidade do leitor, além de saber colocar a pitada certa de romance na história, que combina com o cenário em que os personagens estão inseridos. O livro fez um ótimo papel de segundo da série, introduzindo novos personagens, mostrando um pouco mais sobre o universo e na evolução dos antigos personagens.

Foto de capa: Divulgação/Editora Seguinte

Crítica de Luísa Lucas, com edição de texto de João Agner