O vendedor ambulante, Anatólio Silva, de 57 anos, é muito conhecido pelas ruas do Humaitá, por seus diversos apelidos: prateado, homem de lata e astronauta. Ele passa pelas ruas com sua bicicleta, vendendo produtos domésticos, vestido de uma forma bem peculiar: com ralos de pia descartados.
Anatólio tinha um emprego fixo como empreendedor no centro do Rio de Janeiro, mas um dia sua loja pegou fogo e ele teve que se adaptar a essa nova realidade rapidamente, tarefa difícil para quem trabalhava há 8 anos no mesmo lugar, com a mesma rotina.
Desta forma, ele arranjou uma bicicleta e decidiu que tentaria a sorte, vendendo produtos pela rua de forma autônoma. E o experimento deu tão certo que Anatólio investiu nessa prática. Ele comprou mais produtos e continuou trabalhando dessa forma.
Para poder viver dessa prática, o ambulante teve que se distinguir dos demais que já existiam antes dele. Assim, ele faz questão de ornamentar a sua bicicleta da maneira mais atraente possível e de confeccionar uma “armadura” feita inteiramente de ralos de cozinha. Essa fantasia é o seu diferencial na hora de atrair possíveis clientes.
Segundo a engenheira Adriana Peixoto, de 48 anos, a criatividade certamente ajudou o vendedor. “Essa deve ter sido a forma que ele achou para poder se destacar. Nesse momento de crise, cada um faz o que pode”, comenta. A rotina do “homem de lata” começa antes das 5h da manhã e só depois das 9h ele sai para percorrer as ruas do Humaitá.
Lucas Teixeira – 7° período
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