Manifestação aconteceu em frente ao Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ), onde Bolsonaro participou de evento comemorativo
Alunos e professores de escolas federais realizaram, na manhã desta segunda-feira (6), um protesto em frente ao Colégio Militar do Rio de Janeiro, na Tijuca. No local, o presidente Jair Bolsonaro participou de solenidade de comemoração pelos 130 anos da instituição.
O motivo da manifestação foi pelo corte de 30% das verbas de universidades e institutos federais pelo Ministério da Educação (MEC) na semana passada. O Colégio Pedro II (CPII) está entre os atingidos pela decisão do governo. O CPII é um dos colégios mais tradicionais do estado.
João Gabriel, advogado e ex-aluno do Colégio Pedro II, comenta sobre o corte de verbas sofrido pela instituição e afirma que o corte de verbas é uma clara demonstração de ataque à escola pública de qualidade, retratada no Colégio Pedro II e demais instituições federais. “Atacar a educação pública e democrática significa contrariar diversos tratados de direitos humanos e fazer a opção pelo retrocesso”, diz o advogado. Ele também se mostra favorável ao protesto realizado por alunos e professores contra a medida adotada pelo governo.
“O movimento estudantil está condizente com o que se espera de quem está tendo seus direitos violados. Os adolescentes estão lutando, de forma autônoma, por aquilo que é prometido na Constituição Federal e espero que essa luta continue. Afinal, a rua e a educação de qualidade são direito do povo”, complementa João.
Além do CPII, participaram do protesto alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp-UFRJ), da Fundação Osório e do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFRJ).
Diretores do CPII, em comunicado oficial divulgado na última sexta-feira (3), disseram que o corte de 36,7% terá grandes implicações e consequências para a manutenção da instituição. Luiz Sérgio Ribeiro, técnico administrativo e coordenador do Sindicato dos Servidores e que estava presente no protesto, detalha o impacto que o corte de verbas pode provocar.
” O corte de 36,7% do orçamento vai impactar as despesas de custeio da instituição. ou seja, contratos de limpeza, portaria, merendeiras podem não ter os pagamentos garantidos e assim inviabilizar o funcionamento da escola, a partir do mês de agosto”, disse Luiz.
Breno Silva – 6° período
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