Aline Paes e Júlia Vargas falam do show no MIMO Festival Rio e sobre novos trabalhos

Cantora carioca cantou na Marina da Glória e recebeu no palco Júlia Vargas.

A abertura do MIMO Festival Rio de Janeiro, na Marina da Glória, na última sexta-feira (10 de novembro), coube à cantora carioca Aline Paes e contou com participação de Júlia Vargas. Dona de uma voz suave e afinadíssima, Aline trouxe para o festival um repertório variado de ritmos e sons brasileiros, dialogando com músicas de Portugal, Angola e Cabo Verde. Essa é a proposta do seu novo trabalho, ainda sem título, com previsão de lançamento para agosto do próximo ano.

Ela conta que ser artista não foi a primeira opção. Ingressou na faculdade de história, desistiu e se formou em produção cultural. Começou a cantar somente aos 19 anos e a carreira artística foi sendo construída junto com a de produtora cultural.

O primeiro disco lançado em 2015, “Batucada Canção”, foi muito elogiado e rendeu a ela o prêmio Revelação da “Revista Rolling Stone Brasil”. O álbum fala da vocação musical do Brasil, da riqueza do cancioneiro e dos ritmos populares, especialmente do nordeste brasileiro. Segundo Aline, lançar um disco atualmente não tem valor comercial. Mas, enquanto cartão de visita, é muito importante. Tem a função de trazer o nome do artista para o mercado. E ter o trabalho reconhecido logo no primeiro disco é uma sensação maravilhosa.

Me deu muito orgulho, me fez circular pelas capitais brasileiras – Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Recife – e também no exterior, Portugal e Londres.

Na plateia, o casal carioca Alexander Panágio, 40 anos, e Rosane Vellasco, 46 anos, assistiam ao show e ficaram encantados com o repertório e a performance de Aline. “Gostei bastante do show da Aline, porque ela cantou fado e também ritmos brasileiros como o maracatu”, declarou Rosane.

 

A música Canto de Xangô, de Badem Powell e Vinícius de Moraes, foi o ponto alto da participação de Júlia Vargas no show de Aline Paes. Foi a primeira participação da cantora no MIMO festival. Júlia disse que ficou muito feliz pelo convite de Aline e pelo festival ter a participação de grandes músicos, além de ser muito prestigiado pelo público.

Natural de Cabo Frio e atualmente radicada em Niterói, Júlia Vargas, 28 anos, começou a vida artística na dança, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Centro de Movimento Deborah Colker. Depois, fez participações em shows do irmão Ivo Vargas, antes de seguir carreira solo.

Desde 2012 na cena musical carioca, ela já fez turnê e shows com Milton Nascimento, ganhou uma música inédita de Ivan Lins, que foi gravada em seu primeiro disco, e abriu o show de Alceu Valença na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, além de ter participado de shows com outros artistas consagrados como Pedro Luís, Moraes Moreira, João Donato e Wagner Tiso. No segundo álbum, “Pop Banana”, a carreira de Júlia se consolidou. Perguntada se o reconhecimento ao trabalho chegou, respondeu:

Chegou. Chegou porque tem sido muito bem recebido, tanto pelo público quanto pela imprensa, mereceu muitas notas de jornal. Enfim, estou muito feliz com o resultado.

Mas o sucesso não lhe subiu à cabeça. Júlia diz ter muito ainda a trabalhar nesse disco, como levar o show para outros estados e gravar um clip em 2018. Ela também tem outros projetos em andamento, como o show Iara Ira, que faz com Duda Brack e Juliana Linhares, o qual ressalta a força da mulher e que também tem sido muito bem recebido pelo público.

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