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Direito das mulheres em voga na UVA

Nesta quarta (15), o campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida recebeu a “II Jornada das Mulheres”. O evento tem como objetivo discutir a importância da conscientização e informação sobre os direitos femininos no Brasil. As palestras, organizadas pelas professoras de direito Claudia Geisel e Leonora Oliven, tiveram início logo após às 10h no auditório da faculdade, com uma apresentação artística intitulada de “Solos Substâncias Femininas”, de Anna Fernanda Corrêa Soares.

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Palestrantes do dia [foto: Thainara Carvalho/Agência UVA].

Logo depois da pequena peça, Marcelle Leal – doutoranda pela UERJ – falou sobre as mulheres escritoras no livro “Um texto todo seu: escrita das mulheres e (re) conhecimentos”. As personagens femininas continuaram sendo o foco na palestra ministrada por Fabíola Maria de Oliveira, porém a ativista focou na realidade enfrentada pelas negras, falando sobre temas como a autoestima e o racismo.

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Homens na plateia durante a palestra sobre os Direitos da Mulher [foto: Thainara Carvalho/Agência UVA].

Apesar do foco ser o público feminino e suas problemáticas, muitos homens assistiram à palestra e se mostraram interessados em ouvir. A apresentação sobre questões da mulher indígena, discutidas pela Doutoranda Tarsilla Lima, ilustrou o interesse do público masculino no tema, já que o auditório estava com os lugares cheios nesse momento. Antônio Wander (18), aluno do curso de Direito, demonstrou sua satisfação. “A palestra foi uma ótima forma de entender a cultura da indígena”.

Sobre a palestra, a especialista falou sobre a ‘mulher-terra’, a importância do resgate da alma selvagem no livro de Eliane Potiguara e a questão do território, história e sentimentos de um povo. A apresentadora explicou que a obra serve como uma “arma” para lutar pelos direitos femininos. Para Tarsilla, a publicação de um livro por uma personagem indígena é algo muito significativa. “A mulher, ao longo do tempo, foi sendo silenciada”, afirma.

Seguindo as apresentações, pouco antes de meio-dia, Sandra Benites, que é Professora de etnia Guarani, continuou o assunto sobre a mulher indígena. Ela levantou questionamentos sobre o apagamento da história e negação de direitos. Apesar de tratar de um assunto sério, a especialista conseguiu descontrair o público em diversos momentos. Ela falou, também, das dificuldades que enfrentou para ingressar na Universidade e que poucas pessoas no ambiente acadêmico discutem temas como feminicídio e violência contra as indígenas. De acordo com Sandra, muitas dessas mulheres são vítimas de estupro e tráfico humano.

Finalizando a manhã de apresentações, Letícia Borges, também professora de direito da UVA, comandou o último debate, ainda dentro das questões indígenas. Ela também, compartilhou a experiência que passou no Colégio Militar, onde ela e outras colegas lutaram para ter direitos iguais aos dos meninos. “Comecei a perceber que, lutando, poderia fazer o que eu quisesse”. A palestrante, que estudou direitos humanos e de minorias, afirmou que “a sociedade patriarcal escolhe tornar a mulher minoria”. Também houve discussões sobre políticas de integração, que consistem em tirar pessoas indígenas da Aldeia para produzir em função da sociedade. O turno da noite também discutiu esses temas, elucidando todas as dúvidas dos presentes.


Thainara Carvalho – 5º Período

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