Cinema

A história genérica dos adolescentes

cartaz-eu-fico-loko-finalSeguindo tendências mundiais, cada vez mais o meio cinematográfico brasileiro está “importando” conteúdo de outras plataformas. Principalmente do Youtube. Cada vez mais estrelas que usam essa ferramenta ganham espaço nas telonas, muito por conta de que – também recentemente – muitas lançaram seus respectivos livros, facilitando o processo de transição, no que diz respeito ao roteiro.

Foi exatamente isso que aconteceu no longa “Eu Fico Loko”, inspirado no canal homônimo de Christian Figueiredo. Contextualizando, o filme conta a história de como o jovem se tornou um dos maiores youtubers do Brasil, passando por inicios e fins dos primeiros relacionamentos, a relação dele com o bullying na escola e conflitos com amigos.

Bom, até aí nada de especial. Todo mundo passou por isso. Então fica a pergunta, o que torna a história de Christian mais especial que a dos outros adolescentes? A resposta é bem simples: Nada. Por muitas vezes, o expectador esquece que está assistindo à simulação de fatos da vida do youtuber e se sente relembrando fases da própria vida. Só é possível lembrar sobre quem é o filme, quando o próprio Christian é inserido na história – como um narrador personagem – quebrando a quarta parede e conversando diretamente com o público.

Não é que a história seja ruim, só não é especial. Até porque é difícil de se imaginar que um jovem de 22 anos já tenha um filme e dois livros autobiográficos. Logo, a história do filme não é só a história de Christian, e sim a da maioria das pessoas que irão assistir. Olhando pelo lado positivo, isso aproxima o expectador da história. O diretor Bruno Garotti soube explorar bem a trama e dar um bom ritmo para o longa. Outro destaque é Filipe Bragança, que conseguiu incorporar muito bem os trejeitos do youtuber. No fim das contas, a obra não passa de um episódio estendido de malhação.

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Iago Moreira- 6º Período

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