Show

Noite de rock na Lapa

 

Na noite do último sábado, dia 15, o palco principal da Fundição Progresso, na Lapa, recebeu uma dose dupla sonora mais que especial: Lenine e Nação Zumbi. As duas apresentações aconteceram em sequência e lotaram a pista de uma das principais casas de show da zona boêmia do Rio de Janeiro.

Como de costume, os portões da Fundição foram abertos ao público às dez da noite, uma hora e meia antes da primeira apresentação – quando uma extensa fila já se formava em frente ao local. Enquanto o show não começava, os auto falantes do espaço tocavam um variado repertório de música, que ia desde Caetano Veloso e Gilberto Gil à Cássia Eller, passando por Bob Marley, Marcello D2 e Karol Konká.

O primeiro show, marcado para onze e meia da noite, atrasou, sendo iniciado após a meia-noite. Porém, levando em consideração o começo do horário de verão na madrugada de sábado para domingo, pode-se dizer que o show começou após uma da manhã.

img-20161016-wa0130

Logo após o início do concerto, uma jovem da plateia passou mal e desmaiou devido ao calor que fazia na pista da Fundição, o que fez Lenine interromper a música “Na Pressão” para saber o que estava acontecendo em meio ao público. “Tem uma pessoa desmaiada? Então, por que ninguém ajuda? Tem tanta gente aqui. Levem a pessoa para um lugar com menos gente”, ele pediu.

Após a canção “Quede Água”, Lenine agradeceu a oportunidade de estar no palco tocando com amigos e explicou detalhes sobre a setlist do show. “Deu para perceber que eu estou priorizando composições novas, do meu novo trabalho, o ‘Carbono’, então muitas das músicas que vocês querem ouvir não estão no repertório”, ele esclareceu. “Sabendo disso, eu resolvi ‘abrir uma janela’”, o cantor declarou antes de tocar sucessos como “Hoje Eu Quero Sair Só”, “Martelo Bigorna” e “Magra”.

Para a surpresa do público, Lenine não deixou o palco para que os integrantes da Nação Zumbi se apresentassem. “O fim é também sempre um começo. E, hoje, eu tenho a honra de dividir o palco com uma das melhores bandas de rock do planeta”, ele anunciou antes de chamar o grupo para tocar algumas músicas em parceria, entre elas “Que Baque É Esse?”.

Quando Lenine deixou o palco, foi a vez do rock pesado do Nação Zumbi entrar em cena, fazendo a plateia pular, balançando o cabelo como os headbangers dos anos 80 – e não apenas os jovens, havia muitas cabeças grisalhas entre os “dançarinos”. O segundo grande momento da apresentação foi a composição “A Melhor Hora da Praia”, a mais pedida pelos presentes na pista.

img-20161016-wa0072

Ao longo de toda a noite, entre uma música e outra, diversas pessoas da plateia aproveitavam para fazer “protestos” políticos, como o já tradicional “Fora, Temer!” e o novo “É Freixo!”, mas este detalhe não chegou a atrapalhar o andamento das apresentações, sendo praticamente ignorado pelos artistas.

Pôde-se notar que quanto mais próximo o fim do show, mais hits, como “Quando a Maré Encher”, surgiam na setlist do Nação Zumbi, que quase encerrou o show com o clássico “Maracatu Atômico” – não fosse pelo bis, do qual Lenine participou, findando a apresentação com outro sucesso: “A Praieira”, enquanto o público se despedia dessa noite dedicada ao rock brasileiro.


Daniel Deroza – 4º período

Avatar de Desconhecido

Agência UVA é a agência experimental integrada de notícias do Curso de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida. Sua redação funciona na Rua Ibituruna 108, bloco B, sala 401, no campus Tijuca da UVA. Sua missão é contribuir para a formação de jornalistas com postura crítica, senso ético e consciente de sua responsabilidade social na defesa da liberdade de expressão.

0 comentário em “Noite de rock na Lapa

Deixe um comentário