Eterno enquanto dure

A relação entre duas pessoas é colocada em xeque pelo destino 

Um amor para a vida toda. Esse é um sonho quase unanime entre as pessoas. No filme “Lembranças de um Amor Eterno”, o diretor italiano Giuseppe Tornatore utiliza dos clichês para contar mais uma história melodramática. O que há de diferente são as belas paisagens da Itália. E só.

No longa, a estudante Amy (Olga Kurylenko) divide sua vida entre estudos, a profissão de dublê em filmes de ação e as trocas de mensagens com o namorado, o professor Ed (Jeremy Irons). Mas o romance de quase seis anos é abalado quando a Kamikaze, apelido carinhoso dado por Ed à namorada devido à profissão dela, descobre um segredo do amado.

O filme começa com juras de amor entre os namorados e a certeza de que algo ruim está para acontecer. Quando o segredo é revelado o espectador fica ansioso para saber como tudo aconteceu e o que virá pela frente, mas a escolha da narrativa escolhida pelo roteirista deixa a desejar. É nessa hora que “Lembranças de um Amor Eterno” vira um remake de “PS: Eu Te Amo”.

A ucraniana Olga Kurylenko dispensa apresentações. Consegue realizar todas as facetas que a personagem pede com maestria. O grande público pode lembrar-se dela como a “Bond girl” de “Quantum of Solace”, do agente inglês. O veterano Jeremy Irons também brilha no papel de namorado e chega a comover o público nos momentos finais do filme.

Por quase duas horas o espectador tem a impressão de já ter visto aquilo. A comparação com “PS” é nítida, seja nas cartas enviadas e até nos problemas de  relacionamento com os familiares. Se o diretor optasse por outra forma de contar a história, talvez o filme desse certo e valesse a pena ir ao cinema assisti- lo.

Gabriel Brum – 6º Período