Muitas vezes a ficção acaba batendo de frente com o que é real. “Rock em Cabul” que estreia no Brasil nesta quinta-feira (02) conta uma história que envolve traficantes, prostitutas, guerrilheiros e estrelas de reality shows do Afeganistão, no conturbado Oriente Médio, que até parece estar fincada na realidade, mas mesmo assim não convence o público.
Todo filme que envolve um certo idealismo é um pouco complicado de se fazer entender, por isso, o longa transparece os primeiros sinais de fracasso logo no início, honrando o título dado pela Forbes de pior desempenho de bilheterias entre janeiro e dezembro de 2015. Porém, o longa que foi divulgado logo depois do atentado de Paris – onde um grupo de guerrilheiros mataram mais de 120 pessoas – acabou tendo mais proximidade com a realidade do que os próprios produtores imaginavam.
O filme que é dirigido por Barry Levinson (Bom dia Vietnã) e roteirizado por Mitch Glazer (Os fantasmas contra-atacam), é uma comédia movida por extravagâncias dos personagens e provocações culturais. O ator Bill Murray, que faz o papel de Richie, é um empresário de rock que se entrega a sorte na cidade de Cabul, onde circula pelas perigosas ruas da capital com traficantes de armas (Danny McBride e Scott Caan). E logo depois está ao lado de um mercenário (Bruce Willis), fazendo negociações de munições com o líder de um vilarejo em meio ao deserto, onde descobre a voz de Salima (Leem Lubany) que acaba dando a ele um novo sentindo na vida.
É preferível pensar que uma reunião de produção tenha saído tudo maravilhoso e que o filme poderia sim, ser um recordista de bilheteria, porém a execução é extremamente terrível. É uma pena que uma equipe tão talentosa pudesse se render a esse maçante roteiro.
Brigida Brito- 7º Período

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