Com menos de 30 dias de diferença, o atleta hispânico Alberto Fernandez conquistou um feito raríssimo em qualquer esporte. Ganhar dois campeonatos mundiais. Na tarde deste domingo (17) mais uma leva de competições dos eventos-teste das Olimpíadas foi realizado. Atletas de vários países se reuniram, na arena esportiva de Deodoro, para disputar medalhas nas provas de Pistola de Ar — na categoria feminina — e Tiro ao Prato — na categoria masculina. Ucrânia e Espanha consagram-se campeãs do dia e, novamente, os brasileiros não chegaram à última etapa.
Depois de um sábado glorioso para os asiáticos, domingo começou com as provas de repescagem da competição feminina de Tiro com Pistola de Ar a 10 Metros. Ao final das rajadas, oito países chegaram à final, realizada às 13h. Durante a prova, Wenjun Guo, representante da China, disparou acidentalmente duas balas, interrompendo o andamento da etapa por alguns minutos e fazendo com que o júri tivesse que desconsiderar dois pontos da chinesa, dando-lhe o quarto lugar no ranking final.
Ainda na categoria da Wenjun, as grandes medalhistas foram: Shun Xie Teo, de Singapura, com o bronze; Antoaneta Boneva, da Bulgária, com a prata; e Olena Kostevych, da Ucrânia, com o ouro. A campeã está focada na Olímpiada e continuará treinando forte para repetir o bom desempenho, mas não garante tal feito.
A Ucraniana ainda disse que não está muito contente com a condição dos campos do Rio. “As arenas de tiro são confortáveis, mas não são muito bem estruturadas. Eu espero que nas Olimpíadas esteja melhor”, completa Kostevych. A medalhista de prata Antoaneta Boneva corroborou com a opinião da ucraniana.
“Há muitas coisas que o Brasil pode fazer para melhorar. Aqui é muito quente e não é confortável atirar assim”, afirma a Bulgara, que também participou dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Seguindo o mesmo caminho das colegas de profissão, a atleta de Singapura, Shun Xie Teo, concorda que o forte clima da cidade do Rio de Janeiro, em especial da região de Deodoro, prejudica o resultado das provas.

No meio da tarde, por volta das 15h, foi a vez dos homens disputarem a tão aclamada medalha de ouro. Representantes de seis regiões — Espanha, Bélgica, Guatemala, República Tcheca, Eslováquia e Grã-Bretanha — estavam na partida final. Depois da primeira fase, o guatemalteco Jean Pierre Brol Cardena e o tcheco Jiri Liptak disputaram a medalha de bronze. No fim, o sul-americano levou a melhor, 11×9.
Na disputa da medalha dourada, o espanhol Alberto Fernandez e o belga Yannick Peeters travaram uma batalha digna de história. Depois de dois empates nas baterias, a plateia estava eufórica. Foram preciso sete tiros de shoot-off (mata-mata) para que o hispânico se consagrasse bi- campeão mundial, há menos de um mês ele conquistou o mundo pela primeira vez em Nicósia, capital do Chipre.

“O campo foi modificado, o que nos dá mais visibilidade, e está em ótimas condições para receber as Olimpíadas”, aponta Jean Pierre, que se mostrou satisfeito com o local de provas a céu aberto. Para Fernandez, a falta de sombra para os atletas foi um problema, uma vez que os atletas de tiro ao prato – por disputarem em campo aberto – ficam mais expostos ao sol. “Precisa melhorar, sobre tudo as sombras, porque fica um pouco difícil competir com este calor”, afirma o campeão.
Reportagem:
Daniel Deroza- 3º Período
Juliana Favorito- 5º Período
Foto: Iago Moreira- 5º Período
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