Deixem os clássicos quietos, reviver o passado – quase – sempre não da certo. Os produtores de Hollywood tentaram, mais uma vez, emplacar um remake de um longa que fez sucesso na década de 90. Repito, tentaram. “Caçadores de Emoção: Além do Limite” chega às telonas hoje com muitos ingredientes que desagradam o público.
Em uma época em que filmes de ação dominam as bilheterias, até que não parece má ideia fazer uma nova versão de um filme antigo. O problema deste longa, é que quase tudo é pior que seu irmão mais velho de 1991. O roteiro é muito previsível e só entretêm o espectador nas partes em que copia a história antiga. Por um lado é até bom, pois desperta um sentimento nostálgico, mas repetir todas as viradas deixa tudo sem graça.
Luke Bracey, escolhido para fazer o papel de Johnny Utah, nem de longe consegue superar a atuação de Keanu Reeves no filme de 91. Edgar Ramírez (Joy: O Nome do Sucesso), por outro lado, agrada em seu papel de Bodhi, líder do grupo de foras-da-lei. Ray Winstone, Teresa Palmer, Clemens Schick, Max Thieriot e Delroy Lindo completam o elenco principal.
Contextualizando, Utah é um recém-contratado agente do FBI, com passado em esportes radicais. Ele investiga um grupo de criminosos que realiza crimes que pessoas normais não conseguiriam, sempre utilizando movimentos perigosos e radicais. O policial é designado para se infiltrar na gangue e investigar os integrantes.
A história se desenrola e Bodhi tenta trazer Utah para o seu lado, para juntos percorrerem o caminho espiritual e alcançar o Nirvana (estado permanente e definitivo de felicidade, paz e conhecimento nas religiões indianas). Para chegar a esse nível espiritual o grupo precisar completar 8 testes de esportes radicais ao ar livre para provarem que existe uma simbiose entre a natureza e o corpo dele e, assim, se tornarem uma só.
O diretor Ericson Core só agrada nas belíssimas tomadas feitas durante as cenas de ação. Uma verdadeira imersão ao mundo radical ao ar livre, que vale muito a pena ser visto em 3D. No fim das contas, fica o aprendizado e o recado para os grandes produtores de que não se deve investir em uma franquia do passado para contar a mesma história, Robocop (2014) e “O Exterminador do Futuro: Gênesis” também são grandes, maus, exemplos.
Iago Moreira- 4º Período

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