Dedicação e força de vontade são os adjetivos que melhor descrevem o novo longa da 21th Century Fox – “Joy: O nome do sucesso”. Criativa desde a infância, Joy (Jennifer Lawrence) entrou na vida adulta conciliando a jornada inventora com a de mãe solteira. A perfeição foi tanta que, em pouco tempo, ela se tornou uma das empreendedoras de maior sucesso dos Estados Unidos.
O filme, que até parece ser uma encomenda da própria Joy Mangano, inventora do Miracle Mop, um esfregão de algodão que é torcido pelo cabo, fala sobre a criação deste objeto. A premissa do roteiro parece ser uma homenagem ás mulheres que tiveram coragem e determinação para mudar de vida e, com isso, acabaram transformando o mundo.
A frase de abertura do longa remete a essas heroínas: “inspirado em histórias reais de ousadas mulheres. Uma em particular”. Uma curiosidade é que a ideia de contar a história de Joy Mangano foi da atriz Annie Mumolo e do próprio Russell, que também ficou encarregado por roteirizar a obra.
Assim como Quentin Tarantino, que sempre chama Samuel L. Jackson para os filmes que dirige, David O. Russell parece não conseguir fazer um longa sem Jennifer Lawrence, Bradley Cooper e Robert De Niro. Isso é bom, pois traz um grande entrosamento no elenco.
Jennifer Lawrence mais uma vez consegue se mostrar uma atriz completamente versátil. Ela interpretou uma mulher bem diferente do que costuma interpretar, não é atoa que ganhou o prêmio de ‘melhor atriz em filme de comédia/musical’ no Globo de Ouro e foi indicada ao Oscar pelo papel. Apesar de esta ter alguns pontos em comum com personagens anteriores – a garra e a determinação –, Joy tem uma maior fragilidade ocasionada pela própria determinação.
A designer de produção, Judy Becker, merece elogios pela reconstituição do cenário da época. O que acaba combinado com a fotografia do sueco Linus Sandgren (A 100 Passos de Um Sonho, 2014), este trabalho tem, como nas maiorias dos filmes de Russell, ótimas fotografias e técnicas de filmagens muito boas.
A maneira como ela cai no sono e as imagens que surgem a partir daí são ótimas sacadas. Todavia, com um pouco mais de duas horas de duração, o terceiro ato parece se arrastar para terminar. Os quatro editores responsáveis – Alan Baumgarten, Jay Cassidy, Tom Cross e Christopher Tellefsen – até tentam dar uma agilidade a história, mas não conseguem dar a velocidade necessária e, por isso, o filme pode parecer demorado para alguns.
Apesar de ter um roteiro fraco, “Joy: O nome do sucesso” promete emocionar e render boas risadas ao público. Além de motivar muitas mulheres á alcançar o sucesso.
Brigida Brito – 6º período

Pingback: Homem e natureza: Equilíbrio ou guerra? |