Uma obra de arte tem diversas formas: pode ser um quadro, uma escultura, a arquitetura de um lugar, ou até uma película cinematográfica, mas e um videogame? A File Anima+Games está no Oi Futuro Flamengo, até o dia 29 de novembro, e traz viagens artísticas por meio da realidade virtual dos jogos. Com a tecnologia do Oculus Rift, sensores de movimento e um joystick, o visitante pode experimentar a sensação de voar, visitar quadros de Van Gogh e experimentar partidas inéditas.

O Gestor de Cultura da Oi Futuro, Roberto Guimarães, explica o conceito do evento: “Desde sua criação em 2006, o File Rio investe no alargamento dos limites da arte digital e já há algum tempo tomou para si o papel de vitrine do que há de mais atual no universo dos jogos nacionais e internacionais. A cada edição do festival, as obras selecionadas convocam mais e mais, o espectador a ser um participante, proporcionando experiências inusitadas e que fogem de uma certa pausterização, que por muitas vezes, pauta os trabalhos artísticos veiculado na web”.
A exposição é dividida em três salas. Na primeira, dois Oculus permitem que você entre na famosa pintura de Van Gogh “The Night Café” e explore cada um dos cômodos criados pelo artista americano Mac Cauley. Ao lado, mais um aparelho de realidade aumentada permite que você voe sobre uma cidade e visite o espaço sideral. Este é o “Swing”, dos alemães Christin Marczinzik e Thi Binh Minh. A tecnologia permite que não seja necessário mudar o ângulo da visão usando um controle, mas sim pelo movimento natural da cabeça.
“Swing transforma o sonho de voar em realidade. A utilização de óculos 3D intensifica a experiência de balançar com a realidade virtual, criando uma aventura imersiva única que nos leva a um mundo feito de aquarela. Quanto maior a intensidade do balanço, maior será a vivacidade das cores”, explica um dos artistas.

Na segunda sala, vários monitores dão ao espectador a chance de experimentar, pela primeira vez, cinco jogos inéditos, incluindo “how does that move”, de Felix Herbst. “Trata-se de uma instalação interativa que permite criar animações de animais virtuais por meio de gestos executados no mundo físico”, diz ele.
Basicamente, um animal é mostrado na tela e, apertando um pedal, o controlador pode mudar qual deles é apresentado e interagir com a fera. Se uma cobra aparece, é necessário fazer o movimento dela com a mão para que o réptil se mova. Aranhas, baleias e outros bichos seguem a mesma linha de raciocínio.
O jogo da Behold Studio chamado “Chroma Squad” representa o Brasil. Nele, o jogador se transforma em um herói e tem o objetivo de destruir os vilões, tudo isso acontece em um mundo de 8-bit. Além das gameplays, oito tablets tem games e animações interativas e 6 televisões exibem 107 curtas criados em diversas nações ao redor do mundo.
No último andar, quatro PS4’s (sigla para o console mais novo da SONY) passam dois jogos canadenses: “Apotheon”, da Alien Trap, e “Contrast”, da Compulsion Games. Dois games americanos e também são exibidos: “Transitor”, da SuperGiant Games, e “Never Alone”, da Upper One Games em parceria com a E-Line Media. Estes também em gameplays inéditas com um grande senso de realismo e qualidade visual.

O evento mostra que o futuro dos videogames já chegou e está mais incrível do que nunca. Com os mecanismos do Oculus Rift, o jogador é transportado para um universo em que tudo foi criado por computador. Um ponto negativo dessa tecnologia é que, quando desconectado sem aviso prévio, pode desorientar quem estiver usando o aparelho.
A questão é que o nível de imersão virtual chegou a um nível altíssimo e o jeito mais legal de experimentar a sensação, é visitando a File Anima+Games. Lembre-se que a exposição acaba este domingo. Não perca.
Luana Feliciano – 2° Período
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