A Rádio Fluminense Fm, mais conhecida como Maldita, possui muitas histórias para contar nos seus trinta anos de louvor. E por ter tanto para se dizer sobre ela, até o dia 4 de novembro, o Imperator – Centro Cultura João Nogueira, recebe a exposição Maldita 3.0 – Um passeio no universo da Rádio Fluminense, com objetos, relíquias e fotos de um período histórico para a música e o Brasil, em geral.
Alessando Air, curador da exposição Maldita 3.0 e produtor da rádio quis que a exposição revelasse como um sonho que parecia impossível, vindo da mente de jovens motivados, poderia se tornar algo tão importante para a história do Rádio no Brasil: “A exposição tenta mostrar que, mesmo com um cenário de repressão, caos econômico e grandes limitações tecnológicas, foi possível um grupo de jovens, munidos de um ideal e repletos de sonhos, criar uma revolução na maneira de se fazer rádio no Brasil”.
Como o slogan: “A primeira em Rock in Roll” e a promessa inovadora de tocar somente versões ao vivo de músicas, a rádio foi impulsionada ainda mais quando teve a oportunidade de cobrir todos os dias do primeiro Rock in Rio, gravando todas as apresentações para passá-las novamente em seus programas.
As salas que compõem a mostra estão repletas de artefatos da época dourada de bandas como: Legião Urbana que deixou um violão autografado, o contrabaixo da banda Plebe Rude, o violão de Cássia Eller assinado por ela e outra guitarra, esta autografada pelo vocalista de Echo and the Bunnymen, Ian McCulloch. Além disso, várias capas de discos de vinil (incluindo a raríssima “Selvagem”, álbum do Paralamas do Sucesso), cartazes de shows, camisas da rádio assinadas por diversos artistas que passaram por lá, produtos promocionais (como o skate autografado pelos garotos do Beastie Boys), e os vários prêmios ganhos durante os trinta anos de rádio.
Do preto e branco ao colorido, dezenas de fotos estão espalhadas por todo o espaço que mostram desde a visita de grupos e cantores ilustres, quanto radialistas, produtores e coordenadores que prestigiaram e construíram a sólida base que permitiu à rádio crescer forte e independente. Assim como momentos históricos da passeata contra o fim da rádio, da caça ao tesouro intitulada “Caçadores da Arca Maldita”, do evento promocional “Adam and the Ants”, do histórico Circo Voador na Lapa e da cobertura de eventos esportivos.
Um dos fundadores e idealizadores da rádio, Luis Antonio Mello, fala de onde vieram e para onde irão, em uma longa jornada de história e conquista: “O sonho dos cabeludos de plantão no “navio” do JB que ficava ancorado na Avenida Brasil 500 foi um sucesso. A Rádio Fluminense FM ganhou o país e parte do mundo. Virou lenda, virou mito, virou história. Uma história que rompe os 30 anos, vai passar dos 50 e ingressar na eternidade”.
Por: Luana Feliciano

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