André Quelhas
Não é de hoje que a corrupção é um tema periodicamente discutido e esse mal, por assim dizer, não se restringe somente à classe dos engravatados de Brasília, dos fardados da polícia ou de qualquer outra segmentação que represente algum tipo de autoridade ou poder.
Quem nunca burlou uma fila, pagou informalmente uma multa de trânsito e coisas do tipo? Muitas pessoas se utilizam do jeitinho brasileiro, da malandragem, para interesses individuais e de um coletivo em particular também. As pessoas estão sempre buscando o melhor pra elas mesmas, só que, às vezes, esse querer esbarra na ética e, por que não?, na legalidade. Não que seja justificativa, mas é um tanto quanto tentador, principalmente se falando em dinheiro.
A problemática não é falta de ética na política e ou na polícia como já foi citado, mas sim na sociedade brasileira, ou pelo menos em grande parte dela. Vale lembrar que tal fenômeno envolve dois lados: se alguém é corrupto, é dedutivo que exista alguém que o corrompa, não é algo totalmente passivo ou totalmente ativo. A corrupção é um reflexo do povo, um estágio avançado do jeitinho brasileiro, só que envolve um valor com mais zeros.
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