“Uma inexplicável epidemia de cegueira atinge uma cidade. Chamada de “cegueira branca”, já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa, a doença surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. À medida que os afetados são colocados em quarentena e os serviços oferecidos pelo Estado começam a falhar, as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. Nesta situação, a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico, que junto com um grupo de internos tentará reencontrar a humanidade perdida”.
Essa é a sinopse do filme “Ensaio Sobre a Cegueira” que estréia no dia 12 de setembro nos cinemas de todo o país. Dirigido pelo cineasta brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel) e baseado no livro homônimo do autor português José Saramago, vencedor do prêmio Nobel da literatura, o longa abriu o Festival de Cannes deste ano.
Com um orçamento relativamente baixo, de vinte e cinco milhões de dólares, o filme produzido pela O2 Filmes, Rhombus Media e Bee Vine Pictures e distribuído pela 20th Century Fox e Miramax Films, conta com elenco e locações multinacionais. Estrelado pela atriz Juliane Moore, o longa conta ainda com Gael Garcia Bernal, Mark Ruffalo, Danny Glover e Alice Braga no elenco da produção, que teve locações nas cidades de Toronto, Montevidéu e São Paulo.
A opinão da crítica internacional está dividida desde a sua estréia em Cannes, foi chamado de “Magistral” pelo jornal inglês The Guardian e de “Decepcionante” pelo francês Libération. Segundo o crítico americano Kenneth Turan, “só um diretor com a combinação de talentos de Meirelles poderia ter levado com êxito à tela a mistura de desespero e esperança do livro”, já a inglesa Fionnuala Halligan afirma que “Meirelles parece lutar para encontrar um tom e o filme acaba perdendo tensão antes da escalada para um bizarro sentimentalismo no final”.
Fernando Meirelles afirmou em recente entrevista coletiva que mais difícil do que as sessões para a crítica internacional foi a sessão particular para José Saramago em Portugal. A reação muito emocionada do autor português pode ser vista no site de vídeos Youtube, no qual, depois de um longo silêncio, ele afirma: “Estou tão feliz por ter visto esse filme, como estava quando acabei de escrever o livro”.
Cercado de expectativas, polêmicas, criticas positivas e negativas, não deixe de conferir o filme “Ensaio Sobre a Cegueira”, a partir de 12 de setembro nos melhores cinemas.
Matheus Feitoza • 6° período • Jornalismo Digital
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