O mundo da moda vibra toda primeira segunda feira de maio. Neste dia, ocorre o MET Gala, o maior e mais aguardado evento de moda do mundo, em parceria com a revista de moda Vogue. Na ocasião, podemos contar com a presença das maiores e mais diversas celebridades, incluindo atores, modelos, esportistas e mais. A Agência UVA traz nessa reportagem mais informações sobre a origem do MET e o que esperar da edição de 2024.
O evento teve início no ano de 1948, e para se tornar o que muitos conhecem hoje como um grande momento, é preciso entender que, além de ser um evento onde vemos diversos famosos desfilando seus looks deslumbrantes, é também um evento beneficente. Nele, acontece a abertura da exposição de moda no museu e também é a noite de arrecadação de fundos para o Met’s Costume Institute.
Tudo teve origem com a produtora de teatro Irene Lewisohn e a coreógrafa Aline Bernstein, que criaram uma coleção de figurinos para os designers de teatro poderem se inspirar. Em 1970, a ex-editora-chefe da Vogue, Diana Vreeland, se tornou a consultora do Costume Institute, que moldou boa parte do que conhecemos hoje.
A atual editora-chefe da revista, Anna Wintour, é responsável pelo evento desde 1995, quando a data mudou para a icônica primeira segunda-feira de maio. Ela também é peça chave no aumento de interesse e engajamento do MET Gala ao longo dos anos.
Todo ano, a noite tem um “tema” e os convidados devem seguir esse tema na hora de escolher seus looks. Para a edição de 2024, o tema escolhido foi “Sleeping Beauties: Rewakening Fashion” (“Belas Adormecidas: Despertando a Moda”, em tradução livre). Os anfitriões da noite serão os atores Chris Hemsworth e Zendaya, e os cantores Bad Bunny e Jennifer Lopez.
O tema fará uma retrospectiva sobre as criações mais icônicas do mundo da moda. A exposição contará com itens que serão inéditos, e podemos contar com roupas das casas tradicionais como Dior e Schiaparelli, mas também de marcas mais modernas e atuais.
Pode-se esperar esse ano uma noite com muitas flores, pois a temática também está relacionada com um conto de JG Ballard de 1962 chamado de “O Jardim do Tempo”, que conta a história do conde Axel e de sua condessa. Onde o casal vivia, havia um jardim de flores que parecia de cristal, e enquanto isso tinha uma multidão ao lado de fora não satisfeita. O conde então, para trazer a paz novamente, colhe uma flor de seu jardim que inverte o tempo até que não sobre nenhuma. No final, a multidão invade sua casa, que se torna um lugar abandonado com um jardim arruinado e plantas espinhosas.
O doutor em Patrimônio e Museologia e professor de Design de Moda da Universidade Veiga de Almeida Flávio Bragança conta que suas expectativas para o evento são grandes, e espera ver como os convidados irão interpretar esse tema. Ao ser questionado se o MET Gala pode ser uma espécie de ditador de tendências, Flávio complementa:
“Acredito que, na atualidade, pensar algo como “ditador” de tendência seria demais, visto que as influências vêm de muitos lugares. Mas acredito que o MET Gala busca estar em sintonia com o “espírito do tempo”, e nada mais atual do que falar sobre roupas e memória através da beleza, de como são feitas, das emoções que despertam”, explica o professor.
A cobertura do evento pode ser conferida nas redes sociais da Vogue, que costuma promover transmissões ao vivo com entrevistas exclusivas com os convidados e anfitriões. O museu criou uma página dedicada a exposição e mais informações, que você pode conferir clicando aqui.
Foto: Reprodução/Vogue
Reportagem por Cássia Verly, com edição de texto de João Agner
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Agência UVA 
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